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Antigamente, acreditava-se que a luz tinha velocidade infinita, porém essa teoria foi aos poucos sendo deixada de lado. Foi a partir dos tempos de Galileu Galilei que a ideia de que a luz tinha velocidade muito grande, porém finita, foi se tornando cada vez mais plausível. Restava então saber como determinar esse valor.
Um dos que propuseram que a luz tinha velocidade finita foi Newton, que afirmava que quando a luz mudava do meio ar para o vidro, tinha sua velocidade de propagação aumentada, por conta da força de atração sobre os corpúsculos, fazendo então com que eles se aproximassem da reta normal à superfície que separa os meios ar e vidro. Newton propôs também que quanto mais denso fosse o meio de propagação, maior seria a velocidade, pois mais intensa seria a força de atração sobre os corpúsculos.
Em um segundo momento, o modelo ondulatório proposto por Huygens e melhorado por Young considerava que quanto mais denso fosse o meio, menor seria a velocidade de propagação da onda. Huygens chegou a essa conclusão fazendo experiências com ondas em meios líquidos. Dessa forma, ele concluiu que a velocidade da luz no ar deveria ser maior que no meio vidro, e não o contrário, como Newton tinha proposto inicialmente.
Armand H. Louis Fizeau foi um físico francês que, no ano de 1849, realizou uma experiência com a finalidade de determinar a velocidade da luz. Louis conseguiu chegar a um valor 5% acima do valor que hoje conhecemos para a velocidade da luz. Um pouco mais tarde, Foucault realizou algumas modificações no experimento utilizado por Louis e conseguiu chegar a um valor mais preciso, determinando a velocidade da luz na água e também em outros meios transparentes. Seus resultados estavam de acordo com a teoria ondulatória.
Hoje sabemos que a velocidade da luz é de aproximadamente 2,998 x 108 m/s, mas fazemos sua aproximação para 3 x 108 m/s.
A teoria ondulatória não dava explicações totalmente satisfatórias sobre todos os fenômenos luminosos – as características das ondas luminosas e o meio no qual elas se propagavam ainda eram considerados obscuros.
Foi então que se propôs a teoria do éter. Essa teoria foi proposta com a finalidade de explicar qual era o meio material para a propagação das ondas luminosas. Nessa teoria, o éter era considerado um meio fluido invisível que ocupava todo o espaço vazio do Universo.
Sabemos que todo fluido oferece resistência a um material, porém viu-se que o éter não apresentava resistência ao movimento dos corpos celestes. Assim, surgiu então uma dificuldade em caracterizá-lo. Para ser resistente a esse movimento, seria necessário supor que ele tivesse densidade muito baixa. Porém, para servir de meio de propagação a uma onda luminosa, o éter precisaria ser, ao mesmo tempo, rígido e sólido. Sendo assim, até o século XX essa teoria teve validade, porém a partir daí surgiu uma nova teoria, proposta por Einstein, que desconsiderava a necessidade de um meio material para a propagação da luz.
Por Domiciano Marques
Graduado em Física