PUBLICIDADE
Ao estudarmos os processos de transição de fase, ou seja, as mudanças de fase de uma substância, vemos que para que isso ocorra é necessário fornecer ou retirar calor da substância em questão. Em nosso cotidiano podemos observar a mudança de fase da água que se evapora de uma roupa estendida em um varal ou de um cubo de gelo derretendo quando exposto ao ambiente.
Podemos então definir a transição de fase como sendo a reorganização interna das moléculas de uma substância, causando modificações significativas em suas propriedades. A nível de recordação sobre as transições de fase temos:
gás para líquido →condensação
líquido para gás →vaporização
líquido para sólido →solidificação
sólido para líquido →fusão
sólido para gás →sublimação
gás para sólido →sublimação
Vimos que os processos físicos que ocorrem em sistemas fechados conservam a energia total do sistema. Nos processos de transição de fase, como a fusão e evaporação, a temperatura permanece constante apesar de se estar fornecendo calor ao sistema. Para entender para onde está indo esta energia, vejamos o que está ocorrendo microscopicamente.
Podemos associar uma energia potencial para cada partícula da substância, como sendo a energia necessária para colocá-la naquela posição. Se quisermos mudar sua disposição interna, é necessário realizar algum tipo de trabalho sobre as partículas. Portanto, podemos associar uma energia potencial ao arranjo dos átomos e moléculas da substância.
Quando se fornece calor, os átomos e moléculas tendem a vibrar com maior intensidade, aumentando a temperatura, que é uma medida da energia cinética média das partículas. Durante o processo de fusão ou vaporização, a temperatura permanece constante, mas o arranjo dos átomos e moléculas é modificado.
A energia potencial de cada um muda, e a variação desta energia potencial é o calor cedido ou retirado da substância.
A medida da energia gasta, por unidade de massa, é o calor latente de fusão ou vaporização. Quanto maior for o calor latente, maior será a variação da energia potencial em razão da modificação do arranjo atômico ou molecular daquela substância.
Desta forma, a energia total é conservada nos processos de transição de fase. A energia fornecida ou retirada é transformada em energia cinética ou em energia potencial (rearranjo interno dos átomos).
Por Domiciano Marques
Graduado em Física