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Quando atritamos dois corpos, o cabelo e um canudinho, por exemplo, um deles fica eletrizado positivamente e o outro eletrizado negativamente, mas qual a explicação para esse acontecimento?
Muitos cientistas formularam teorias na tentativa de explicar esse fato. Benjamin Franklin, um dos homens mais célebres dos Estados Unidos no século XVII, foi um dos que tentaram explicar o porquê do acontecimento desse fenômeno. Franklin elaborou uma teoria na qual afirmava que os fenômenos elétricos aconteciam em razão da existência de um fluido elétrico presente em todos os corpos. Quando dois corpos eram atritados ocorria transferência de parte desse fluido de um corpo para outro, o corpo que recebia esse fluido ficava eletrizado positivamente, o corpo que cedia ficava eletrizado negativamente e em um corpo não eletrizado o fluido existia em quantidades normais. Por meio de sua teoria, Franklin mostrou que não poderia criar nem destruir cargas elétricas, apenas fazer com que passasse eletricidade de um corpo para outro, ou seja, a quantidade total do fluido ao final do processo de transferência do mesmo entre dois corpos permanecia inalterada.
Hoje, com as descobertas sobre esse assunto, sabe-se que a teoria de Franklin estava parcialmente errada, pois sabemos que a eletrização ocorre em razão da transferência de elétrons de um corpo para outro quando eles se atritam. E essa transferência não acontecia por meio do fluido elétrico que Franklin imaginara, mas sim por meio da passagem de elétrons de um corpo para outro.
A teoria moderna sobre a estrutura dos átomos mostra que toda matéria é constituída basicamente por três partículas que são denominadas de prótons, elétrons e nêutrons, que são, respectivamente, cargas positivas, cargas negativas e as partículas que não tem carga. Quando um corpo não está eletrizado, o número de prótons é igual ao número de elétrons. Ao atritar dois materiais, um deles ficará eletrizado positivamente, pois perdeu elétrons e ficará com falta, já o outro ficará eletrizado negativamente, pois estará com excesso de elétrons.
Por Marco Aurélio da Silva