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Os experimentos realizados por Young foram feitos ao ar livre, sendo assim, os comprimentos de onda correspondem à luz se propagando neste meio. Sabemos que a velocidade da luz no ar é igual a 3,0 x 108 m/s, logo, podemos utilizar a equação que relaciona frequência, comprimento e velocidade de uma onda que é:
f= v/λ
Através dessa equação podemos calcular a frequência de cada cor como, por exemplo, as frequências das cores vermelho e violeta, as quais são, respectivamente: 4,6 x 1014 hertz 6,7 x 1014 hertz. Como frequência e comprimento de onda são grandezas inversamente proporcionais, fica evidente que a cor violeta que tem a maior frequência tem o menor comprimento de onda em relação à cor vermelha que tem menor frequência e, portanto, maior comprimento de onda.
A experiência comprova que a cor de um feixe de luz monocromático não se altera quando ela passa de um meio transparente para outro. O que ocorre é que quando o feixe de luz passa de um meio para outro, tanto o comprimento de onda quanto a velocidade tem seus valores alterados, mas a frequência não se altera e, portanto, permanece sempre a mesma. É por esse motivo que se recomenda que um feixe de luz seja caracterizado pela sua frequência e não por seu comprimento de onda ou velocidade com que se propaga.
A luz é um movimento ondulatório que possui frequências muito altas (cerca de 1014 hertz) e cada cor que compõe a luz branca possui uma frequência diferente.
Na época que Young realizou o experimento, que demonstrou de forma quase definitiva que a luz é um movimento ondulatório, faltava descobrir qual a natureza da luz. Anos mais tarde, o físico escocês James Clerk Maxwell conseguiu mostrar que a luz é uma onda de natureza eletromagnética, ou seja, a mesma natureza dos raios X, das ondas de rádio, etc.
Por Marco Aurélio da Silva