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Escrita de Internet – uma nova visão

Charge de Rodrigo Leão
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Muito se fala e se censura sobre as formas de escrita adotadas pelos jovens nas vias de comunicação do meio virtual.

Alguns profissionais criticam duramente as abreviações, enfatizando que as mesmas prejudicam as formas cultas da língua, além de caracterizar os adeptos da linguagem como vândalos gramaticais, palavras ditas pelo radialista e apresentador inglês, John Humphrys.

Porém, pesquisas recentes comprovam que crianças e adolescentes que cresceram se comunicando na internet, nas salas de bate papo, enviando e recebendo mensagens de celular, apresentam uma escrita mais desenvolta e rica em detalhes.

Sabe-se que o exercício da escrita leva o sujeito a desenvolver melhor suas habilidades ortográficas, gramaticais e criativas.

Sendo assim, escrever, mesmo que conversando com amigos, é uma forma de expressar melhor suas ideias e exercitar a destreza da escrita de um bom texto.

Nas escolas, a escrita abreviada e em códigos, a que denominamos como internetês, não é mais considerada um problema.

Isso porque as formas gramaticais e cultas da língua não são deixadas de lado. Os professores têm programas a serem cumpridos e exigem dos alunos os conhecimentos necessários, seja durante as aulas, durante as provas ou nas redações. Além disso, o papel social da escola é o de formar sujeitos capazes de se integrar ao mundo.

Já os educandos, garantem que o miguxês (linguagem entre amigos) das salas de bate papo é uma atividade escrita, prazerosa, e revelam suas opiniões:

- que os alunos devem utilizar tais recursos para agilizar a conversa;

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- que as mesmas não prejudicam o aprendizado da língua culta, pois devem distinguir que a linguagem usada na escola é diferente da internet;

- destacam que os professores não aceitam abreviações nas provas, trabalhos e redações, portanto é bom evitá-los;

- se tem o objetivo de passar no vestibular, devem se qualificar utilizando as formas padrão da escrita, para não saírem mal nas provas;

- devem saber que cada variante linguística e de comunicação tem seu espaço para se manifestar – quando estão em lugares mais requintados não falam da mesma forma de quando estão com os amigos;

- que é difícil escrever com letra cursiva, abreviando as palavras – o mais fácil é escrever corretamente.

É importante ressaltar que não adianta lutar contra a comunicação de internet, mas repensar que essa prática também apresenta seu lado positivo, além de que a informatização é um excelente recurso educativo.

Segundo a professora Cássia Batista, em sua pesquisa de mestrado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, as principais proximidades dos textos falados e escritos são: informalidade e respostas curtas.

A professora ressalta que não há motivos para preocupação, desde que a escola norteie o aluno em relação aos usos adequados das diferentes linguagens e que a sociedade aceite que o computador faz parte da vida dos jovens.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

Escritor do artigo
Escrito por: Jussara de Barros Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

BARROS, Jussara de. "Escrita de Internet – uma nova visão "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao/escrita-internetuma-nova-visao.htm. Acesso em 12 de dezembro de 2024.

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