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Se alguém perguntasse a você “o que é esporte?”, o que você responderia? Você já parou para pensar sobre quais esportes já vivenciou na sua escola? Bem, esses são alguns pontos sobre os quais pretendemos fazer você refletir.
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O que é esporte?
O termo esporte se refere a qualquer tipo de prática que esteja vinculada a Federações e Confederações, cujo papel é o de regulamentar as regras dessa prática. Isso significa que as regras de um esporte são fixas e nunca podem ser modificadas durante um campeonato. Aliás, esse é outro objetivo das federações: organizar campeonatos, cujos campeões sempre têm em vista o prêmio, que pode ser dinheiro, medalhas ou troféus, por exemplo. Dessa explicação podemos extrair quatro características que são fundamentais para dizer se determinada prática é um esporte:
- ter regras fixas;
- a subordinação dessa prática a algum órgão oficial;
- é uma atividade competitiva;
- o atleta está sempre em busca de um tipo de recompensa maior do que o prazer de praticar o esporte: ele é um profissional que ganha a vida (ou pretende ganhar, no caso de atleta amadores) por meio do esporte, seja com patrocínio ou com os prêmios dados nas competições.
Fica fácil entender, então, porque a fórmula 1 ou o xadrez são considerados tipos de esporte, ao lado do voleibol ou da natação. Geralmente, nós associamos a ideia de esporte a qualquer prática de atividade física, o que não é verdade. O fato de você jogar frescobol na praia, ou de a sua mãe caminhar todos os dias de manhã, não faz nem de você e nem de sua mãe, atletas. Vocês são, sim, praticantes de atividade física. A essa altura, você já deve ter entendido que atividade física é qualquer tipo de atividade com o corpo que vise o bem-estar e/ou a saúde. É preciso lembrar que para que uma atividade física tenha como finalidade a manutenção da saúde, ela deve ser praticada moderadamente e com regularidade de, no mínimo, 3 vezes por semana.
Esporte e as aulas de Educação Física
A partir da ideia sobre o que é esporte, você deve estar se perguntando: “o basquete que eu jogo na escola, então, não é esporte?”. Essa é uma pergunta interessante, até porque, a prática esportiva dentro da escola não é novidade. Muitas escolas, principalmente as particulares, mantêm equipes de treinamento, cujos atletas são seus alguns de seus alunos. Essas equipes são formadas para disputar campeonatos interescolares, cuja finalidade é o ganho de troféu para a escola. Além dessa prática mais explícita de esporte, também há a vivência esportiva nas aulas de Educação Física.
O esporte é um dos muitos conteúdos que o professor deve trabalhar nas aulas de Educação Física, como mostram os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física. Porém, existe uma discussão entre os especialistas dessa área, que afirmam que o esporte deve ser trabalhado de uma forma adaptada na escola. Isso significa que vocês, alunos, podem mudar as regras do jogo, quando todos os participantes da atividade estiverem de acordo; significa também que quando o esporte é apresentado na escola, não precisa ser necessariamente competitivo; e mais que isso: nas aulas de Educação Física não tem medalha! O que importa é aprender e se divertir! É por esses motivos que Valter Bracht, no seu livro “Aprendizagem social e Educação Física”, denomina essa prática de “esporte da escola”, já que o objetivo é que o aluno vivencie as práticas esportivas visando o prazer e não a competição. É por isso que o basquete da sua aula é sim um esporte, mas é um esporte apropriado para ser trabalhado de acordo com objetivos educacionais.
Outra coisa importante é a de que é papel do professor propor também esportes menos comuns como conteúdo de suas aulas. Portanto, se o seu professor propuser uma aula diferente como esgrima, capoeira ou ginástica artística, ao invés do futebol ou do voleibol de sempre, não reclame! Tenha em mente que a aula de Educação Física é o momento de experimentar coisas novas. Boa aula!
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP