PUBLICIDADE
O Índice de Massa Corporal (IMC) é um parâmetro bastante utilizado para classificar o indivíduo de acordo com seu peso e altura. Seu uso é disseminado principalmente entre profissionais que trabalham com o corpo, como médicos, fisioterapeutas e profissionais de Educação Física. É importante ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza esse índice como indicador do nível de obesidade nos diferentes países.
O cálculo desse índice é bastante simples e, para utilizá-lo, basta saber o seu peso e a sua altura e inseri-los na fórmula. A fórmula dada é a seguinte:
___________________peso_(em quilogramas)___________________
altura x altura (em metros)
Confira um exemplo para esse cálculo: uma pessoa pesa 57 quilos e mede 1,54 metros de altura. Logo, o seu IMC será:
57 Kg = 24,03 Kg/m2
(1,54)2 m
Ou seja, de posse do valor exato de sua altura, multiplique-o pelo mesmo valor (ou eleve-o ao quadrado). Depois, divida o valor de seu peso pelo quadrado de sua altura. A seguir, utilize a tabela abaixo para a classificação:
Portanto, se fôssemos classificar o nosso exemplo nesse quadro, esse indivíduo seria considerado de “peso normal”.
Como qualquer índice, esse também apresenta problemas. Não é porque esse indivíduo é tido como normal pela tabela que ele será necessariamente saudável. Assim como não é verdade que todo indivíduo acima do peso normal apresenta problemas de saúde. Esse índice apenas serve para alertar: caso você esteja acima do peso ideal, é importante que tenha um maior cuidado com a sua saúde, pois os riscos de doenças cardiovasculares e de diabetes, por exemplo, são maiores em pessoas localizadas nas faixas do sobrepeso e posteriores.
É possível que um adolescente que se acha gordinho se espante ao calcular o IMC e perceber que está na faixa “peso normal”. Isso porque, especialmente nas duas últimas décadas, a extrema magreza vem sendo apresentada como principal fator de beleza. A veiculação de fotos com modelos magérrimas vem sofrendo algum ataque, mas, infelizmente, esse é um valor que a grande mídia ainda sustenta. Muitas pessoas – principalmente mulheres – acabam desenvolvendo transtornos alimentares em função da busca por esse padrão.
Por outro lado, embora ainda bastante longe do grau dos Estados Unidos, muitas crianças brasileiras têm atingido a obesidade. A obesidade infantil é tema de grande preocupação para a Saúde Pública hoje. E não é à toa: essas crianças tendem a apresentar problemas de pressão alta, baixa resistência cardiovascular, triglicérides elevado, diabetes, além de problemas psicológicos por serem estigmatizadas entre seus colegas.
Nesse sentido, é fundamental que pais e professores estejam atentos ao peso das crianças e dos adolescentes. Assim como o excesso de gordura não é bom à saúde, o outro extremo também não o é. E, como meio de manter a atenção sobre o fator peso, o uso do Índice de Massa Corporal é altamente recomendável.
Portanto, caso perceba algum problema relacionado ao peso, encaminhe a criança a um endocrinologista e a um profissional de Educação Física responsável. Cuidando da alimentação e praticando atividade física regular, é possível controlar o problema.
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP