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A célula social é constituída para satisfazer a necessidade material da pessoa e da empresa.
Existe a necessidade do indivíduo como aquela da célula social. Estas não se confundem, pois o indivíduo é um ser isolado enquanto a célula social é um ser complexo como empreendimento.
Ela nasce do propósito humano e em um dado momento dá lugar ao nascimento da atividade em busca de um propósito. Nascida à célula social passa a ter vida própria distinta de seus idealizadores ou dos que possuem o controle sobre a mesma.
Distinguem-se a pessoa física (indivíduo) e a pessoa jurídica (empresa).
A necessidade do indivíduo nasce em sua mente e para ser satisfeita é necessária sua concretização. Assim, por exemplo, se alguém sente a necessidade de um par de sapatos vai à loja e compra satisfazendo, assim, sua necessidade.
Na loja de calçados, todavia, ocorre um fenômeno autônomo que atinge o patrimônio. Ocorre a saída do meio patrimonial gerando uma necessidade de reposição no estoque e uma entrada de dinheiro no caixa (fenômeno patrimonial).
São inúmeros os fenômenos patrimoniais gerados diariamente numa célula social pela satisfação da necessidade do cliente. A necessidade do indivíduo pode gerar ¨n¨ fenômenos patrimoniais na célula social.
Podemos observar que a satisfação da necessidade do cliente gera fenômeno patrimonial na empresa e com a geração de ¨n¨ fenômenos patrimoniais cria-se a necessidade na célula social e essa para sobreviver precisa satisfazer as necessidades geradas pelo cliente em satisfazer as suas.
O indivíduo tem suas necessidades como a célula social tem suas próprias. A pessoa vai à célula social para satisfazer sua necessidade como a célula social vai a seus fornecedores (empresas) para satisfazer as dela em repor seus meios patrimoniais no estoque.
São inúmeras as necessidades diárias da empresa e estas variam de empresa para empresa conforme o ramo de negócio. As necessidades de uma padaria são diferentes daquelas de uma mecânica como estas são diferentes das de um supermercado.
A circulação da riqueza da célula social se dá para satisfazer a necessidade do indivíduo como da empresa, daí decorrendo uma corrente de movimentos da riqueza.
O patrimônio não se move por si mesmo. Isto é axiomático.
É necessário que haja um agente para movimentar o capital da célula social e são vários agentes (Ver meu livro Patrimônio e as influências ambientais, Três de Maio: Reas, 2003) que podem tanger, transformar o patrimônio e entre esses agentes está a necessidade. A necessidade é um agente externo ao patrimônio, mas, que movimenta os meios patrimoniais.
A empresa existe porque existe a sensação de falta de material do indivíduo e se tal não existisse não haveria sentido em se constituírem as empresas. Um dos objetivos da célula social é a satisfação das necessidades de seus clientes.
O cliente é à base da célula social e é ele quem a mantém viva e a partir dele é que se define o objetivo, as metas, as estratégias, o marketing para que ela tenha lucratividade e prosperidade.
Passaram-se anos e anos para a ciência contábil chegar ao patamar científico que hoje se encontra como ciência autônoma para orientar o empresário para satisfazer a necessidade de lucratividade, do equilíbrio, economicidade e prosperidade patrimonial da empresa. O importante é a criação de modelos contábeis científicos de sobrevivência e prosperidade patrimonial da célula social e é esta uma das preocupações do Neopatrimonialismo Contábil.
Por Werno Herckert
Colunista Brasil Escola