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O tifo epidêmico, ou tifo exantemático, é uma doença bacteriana causada pela Rickettsia prowazekii; e que tem como vetor o piolho humano: Pediculus humanus. Esses parasitas se desenvolvem no interior das células intestinais dos piolhos que, ao defecarem, os liberam; e entram em contato com o organismo do indivíduo por meio de feridas e fissuras localizadas na pele, muitas vezes geradas pela própria pessoa, enquanto se coça.
As rickettsias são parasitas intracelulares obrigatórias, assim como os vírus; mas, por apresentarem estruturas mais complexas, não são classificadas como tais. Assim, após infectarem seu hospedeiro, alojam-se no interior de tecidos que revestem os vasos sanguíneos. Em até 14 dias, surgem os sintomas, de forma súbita, que incluem dores no corpo, cabeça e articulações; fadiga extrema, calafrios, febre alta e surgimento de manchas vermelhas, espalhadas pelo corpo. Delírios e erupções cutâneas hemorrágicas também podem se manifestar.
É uma doença altamente contagiosa – típica de aglomerações humanas – aliada a más condições de higiene. Por tal motivo, é mais frequente em populações carentes, campos de refugiados e de concentração, prisões, tempos de guerra, etc. Foi a causa de muitas epidemias mortíferas; e, apesar de avanços significativos no que se diz respeito ao saneamento básico, até hoje ocorrem surtos em países da Ásia, África e América do Sul. No Brasil, não existem registros de sua ocorrência.
Caso a pessoa não busque ajuda médica a tempo, pode desenvolver complicações, como gangrenas, pneumonia, insuficiência renal e a doença de Brill-Zinsser, que afeta o sistema imunitário. Além disso, pode causar a morte em aproximadamente 40% dos casos.
O tratamento é feito, principalmente, à base de antibióticos, prescritos pelo médico.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola