PUBLICIDADE
O tifo endêmico, ou tifo murino, é uma doença causada pela Rickettsia typhi, ou R. mooseri: bactérias da Família Rickettsiaceae, parasitas intracelulares obrigatórios.
Ratos e outros roedores são os principais vetores desse tifo, transmitido pela pulga Xenopsylla cheopis, e que costuma se manifestar quando há um grande número desses roedores, infectados (epizootia), em contato com populações humanas. Nessa situação, as pulgas tendem a buscar novos hospedeiros, infectando a nossa espécie. Por tal motivo, é que essa doença é mais comum em populações de baixa renda, prisões, zonas portuárias, campos de refugiados e de concentração, e em períodos de guerra e escassez de água. Em nosso país, só há registros da doença na região Sudeste.
O tifo murino tem período de incubação que varia entre sete e quinze dias. As pessoas infectadas manifestam dor de cabeça, no corpo e articulações; calafrios, febre, e manchas vermelhas, por até quinze dias. Apesar de esses sintomas serem semelhantes aos do tifo epidêmico (ou exantemático), aqui eles se apresentam mais brandos, e com menor probabilidade de desenvolver complicações.
Considerando os aspectos intrínsecos à transmissão da doença, eliminar as pulgas e controlar a proliferação de roedores - não se esquecendo de adotar medidas efetivas de higiene - são as principais formas de preveni-la.
O diagnóstico é feito, geralmente, a partir do exame clínico e de sangue. Seu tratamento consiste no uso de antibióticos, na dose e frequência indicada pelo médico.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia