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O antraz, também chamado de carbúnculo, é uma doença bacteriana causada pela bactéria Bacillus anthracis. Típica de regiões agrícolas da Ásia, África e América Latina, a transmissão da doença se dá quando esporos da bactéria penetram algum ferimento cutâneo, ou quando os mesmos são inalados ou ingeridos. Esses esporos costumam ser encontrados no solo e também em animais herbívoros acometidos pela doença e suas carcaças. Não há transmissão de forma direta, de pessoa acometida para indivíduo saudável; e também não existem registros de casos dessa doença, em humanos, aqui no Brasil.
Na pele, que corresponde a 95% dos casos, a doença se manifesta como uma infecção com pus, semelhante ao furúnculo, formando posteriormente uma mancha-negra. No caso de inalação, provoca pneumonia, febre alta e dificuldades respiratórias, e geralmente é fatal. Já quando o que ocorre é a ingestão desses esporos, o paciente apresenta diarreia severa, acompanhada de náuseas, febre e vômitos com sangue, e sua taxa de óbito varia de 20% a 60% dos casos.
Considerando esses aspectos, a melhor forma de prevenir a doença é evitar contato com animais que possam estar doentes (e suas carcaças), somente ingerir carne bem passada, e cuidar dos ferimentos da pele, usando curativos. Existe, também, uma vacina contra essa bactéria, mas ela é utilizada somente pelo exército norte-americano, em razão dos seus efeitos colaterais e necessidade de se receber novas doses frequentemente, durante um ano e meio.
Seu diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, ou análise de secreções respiratórias ou da pele, de acordo com os sintomas que a pessoa apresenta. O tratamento é feito com o uso de antibióticos, prescritos pelo médico. Quanto mais cedo for tratada, menores as chances de haver complicações e óbito.
Curiosidade:
Em virtude da manifestação de sintomas inespecíficos, discrição de seus esporos, e capacidade de causar a morte rapidamente, o antraz é um dos agentes utilizados como armas biológicas em ataques terroristas.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola