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A amiloidose é um grupo de doenças caracterizadas pela deposição de proteínas em determinado órgão. Ela resulta da conversão de proteínas solúveis em agregados não solúveis que formam fibras amiloides. A doença é rara e acomete tanto homens quanto mulheres.
Essa proteína pode se depositar em diversos órgãos, sendo os mais comuns o coração, fígado e rins. A deposição pode ocorrer de várias formas e, com isso, desenvolver diversas formas clínicas. É uma doença potencialmente letal.
O rim é um órgão bastante afetado e, se não tratada, a doença pode evoluir para uma insuficiência renal e até mesmo a morte. Quando afeta o coração, a doença pode levar a uma disfunção sistólica, arritmias e insuficiência cardíaca.
Podemos classificar a amiloidose em três tipos: Amiloidose primária, amiloidose secundária e amiloidose hereditária. Na amiloidose primária, a causa é desconhecida e o acúmulo acontece principalmente no coração, tireoide, fígado e rim. A amiloidose secundária é resultado de outras doenças, como tuberculose, artrite reumatoide, entre outras. Na forma secundária, o acúmulo tende a ser no baço, fígado, rins, adrenais e linfonodos. Já a forma hereditária é uma forma que afeta nervos e alguns outros órgãos. Essa última forma é comum em indivíduos de Portugal, Suécia e Japão. Existe ainda uma forma de amiloidose relacionada com a doença de Alzheimer.
É uma doença rara, de causas desconhecidas e de difícil diagnóstico, uma vez que não possui sintomas muito específicos. A suspeita ocorre quando alguns órgãos começam a ter suas funções reduzidas e o paciente apresenta sangramentos sem razão. O diagnóstico pode ser confirmado através de biópsias e aspiração da gordura subcutânea.
O tratamento nem sempre é necessário. Quando ela é derivada de outra doença, o tratamento dela pode reverter a amiloidose. Quando o tratamento se faz necessário, baseia-se no uso de medicamentos que tentam diminuir inflamações e fazer com que a proteína amiloide regrida. O acúmulo também pode ser removido cirurgicamente e, algumas vezes, torna-se necessário um transplante de órgão.
Por Vanessa dos Santos
Graduada em Biologia