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A pulga Tunga penetrans é a responsável pelo famoso bicho-do-pé, também chamado de bicho-de-pé, ou tungíase. De tamanho extremamente pequeno, alcançando aproximadamente um milímetro de comprimento, tal organismo é encontrado em todo o mundo, geralmente em solos arenosos, quentes e secos. Assim, currais, chiqueiros, terrenos arenosos, praias, dentre outros, são ambientes propícios à sua ocorrência.
Apesar do nome, o bicho-do-pé pode penetrar a pele de qualquer região do corpo, embora esta seja a mais frequentemente atingida. Além disso, não são só seres humanos os seus hospedeiros: suínos, cães, gatos e ratos, por exemplo, não estão ilesos.
Tal infestação é um problema relativamente comum. Ela provoca coceira, e algumas vezes dor, já que esse artrópode, ali, está se alimentando do sangue do hospedeiro, a fim de que seus ovos sejam desenvolvidos. Assim, somente fêmeas fecundadas é que são capazes de provocá-la. Estas podem alcançar as dimensões de uma ervilha, enquanto parasitam seus hospedeiros.
Somente o órgão ovopositor da pulga fica em contato com o meio externo. Cerca de quinze dias após a liberação de todos os ovos, a fêmea morre. Depois, ela é expulsa, naturalmente, pelo organismo do hospedeiro.
Além do incômodo típico dessa infestação, existe o risco em potencial de surgirem infecções secundárias, como gangrena e tétano, inclusive após a saída da fêmea. Assim, pode ser interessante buscar auxílio profissional desde o início. Os procedimentos incluirão a assepsia, retirada do parasita e desinfecção local.
A prevenção se dá evitando andar descalço, principalmente em locais propícios à presença dessa pulga. Aplicar inseticidas no ambiente, aparar bem a grama, retirar folhas secas do quintal, e tratar dos animais domésticos infestados, assim como o local em que eles dormem; também são medidas importantes.
Por Mariana Araguaia
Bióloga, especialista em Educação Ambiental
Equipe Brasil Escola