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Na atualidade, temos mais de 1 milhão de espécies animais em todo o mundo já registadas. Alguns pesquisadores afirmam que esse número pode ser ainda maior, algo em torno de 3 milhões a 30 milhões espécies.
Apesar de serem catalogadas, muitas dessas espécies têm poucas de suas características conhecidas. Por esse motivo, existem vários biólogos e pesquisadores de áreas correlatas pesquisando um grupo, ou mesmo uma espécie específica. A cada dia, novas descobertas aparecem, e algumas delas são responsáveis por mudanças significativas na nossa forma de ver e interpretar a vida na Terra.
Tópicos deste artigo
- 1 - Sons significantemente altos
- 2 - Alguns exemplos de “animais barulhentos”
- 3 - Afinal, qual é o animal mais barulhento do mundo?
- 4 - Maneira bem inusitada de emitir som
Sons significantemente altos
Entre os diversos animais existentes, alguns destacam-se pela capacidade de produzir sons significantemente altos, seja pelo uso de cordas vocais ou utilizando partes de seu corpo, como as cigarras. Eles geralmente são produzidos para a comunicação entre indivíduos da mesma espécie para, por exemplo, atrair parceiros sexuais, informar um perigo em potencial ou mesmo em disputas intraespecíficas.
Alguns exemplos de “animais barulhentos”
- Baleia azul (Balaenoptera musculus): 188 decibéis
- Rã-touro-gigante (Lithobates catesbeianus): 80 decibéis
- Foca-elefante-do-norte (Mirounga angustirostris): 100 decibéis
- Elefante (Elephas maximus e Loxodonta africana): 95 decibéis
- Hiena (Crocuta crocuta): 70 decibéis
- Leão (Panthera leo): 114 decibéis
Afinal, qual é o animal mais barulhento do mundo?
O bugio (Gênero Alouatta) é considerado, até segunda ordem, o animal terrestre mais barulhento do nosso planeta, atingindo 130 decibéis ao vocalizar. Apesar desse número considerável, esse animal não é capaz de vencer um pequeno invertebrado, denominado Micronecta scholtzi.
Esse espécie de percevejo aquático, de apenas dois milímetros de comprimento, é capaz de emitir sons próximos aos 100 decibéis (algo semelhante à sensação auditiva que temos ao assistirmos a uma orquestra sinfônica, na primeira fila do auditório). Considerando seu tamanho diminuto, e a proporção de seu corpo e capacidade sonora, é ele quem ganha o título deste texto.
Maneira bem inusitada de emitir som
O mais chocante, no entanto, é como esse animal produz um barulho tão alto: o M. scholtzi emite o som não pelo uso de cordas vocais, mas a partir da fricção de seu pênis sobre o abdome, em um fenômeno denominado estridulação. Considerando o órgão usado, não é de estranhar-se que tal som é emitido pelo macho com o intuito de atrair fêmeas para reprodução!
Por Mariana Araguaia
Bióloga (Especialista em Educação Ambiental)