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Doenças vegetais são causadas, em grande parte, por vírus. Estes possuem apenas um tipo de ácido nucleico e proteína, replicam-se somente a partir do seu material genético, e a maioria tem forma cilíndrica. São conhecidos pelo menos 1000 tipos de doenças virais em plantas, provocadas por aproximadamente 400 tipos desses organismos.
Geralmente, o contágio se dá de uma planta para outra, por enxertos (vírus da tristeza, sacarose, exocorte e xiloporose do citrus), disseminação de pólen e sementes (mosaico comum do feijoeiro), ou mesmo por meio de vetores (vírus do mosaico do pepino). Quanto a esse último, os exemplos mais comuns são os pulgões e afídeos, capazes de hospedar cerca de 600 vírus diferentes, geralmente liberados através da saliva.
Existe uma relação de especificidade entre os vírus de plantas e hospedeiros, contribuindo quanto à eficácia do contágio. Entretanto, as próprias condições ambientais e saúde da planta contribuem para tal.
Há, ainda, a possibilidade de um vegetal ser contaminado pelo simples contato mecânico (TWV e o mosaico das cucurbitáceas).
Redução da fotossíntese, síntese proteica, respiração, compostos fenólicos e agentes controladores do crescimento; com consequente aparecimento de manchas, alterações dos órgãos afetados, necrose, redução da produtividade, e retardo do crescimento; são os principais sintomas verificados.
Para diagnóstico, o fator principal é o reconhecimento das alterações causadas. O vetor e especificidade de determinados vírus a plantas específicas, também auxiliam quanto a essa questão.
Como nem sempre o manejo destes patógenos é eficaz, o ideal é que se vise à prevenção ao vírus. Para tal, eliminação de indivíduos doentes e controle de vetores, com o uso de óleo mineral, cultivo de barreiras com plantas resistentes aos vírus e cercamentos com telas, a fim de evitá-los, podem ser medidas muito eficazes.
Curiosidade:
Pesquisadores estadunidenses conseguiram criar um circuito de memória digital, semelhante a um chip de computador, por meio da junção de partículas do vírus do mosaico do tabaco e de platina, envolvidas por uma camada de plástico e um par de eletrodos.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia