PUBLICIDADE
As plantas do gênero Phyllanthus são conhecidas popularmente como quebra-pedra e também pelos nomes: erva-pombinha, saxifraga e fura-paredes. Elas nascem espontaneamente, principalmente em locais úmidos e sombreados, e possuem características que variam de acordo com a espécie. São nativas das Américas, mas ocorrem, também, na Europa. São ricas em alcaloides, flavonoides, lignanas e ácido ricinoleico.
A quebra-pedra é utilizada na medicina popular em forma de chá, feito com suas folhas e caules, de sabor amargo, atua na eliminação de cálculos, desobstruindo as vias urinárias. Tem ação purgante, sudorífera, antibiótica e diurética. Auxilia no tratamento da diabete, icterícia e hepatite B e, mais recentemente, pesquisadores concluíram que ela é capaz de estimular o sistema imunológico.
Alguns cálculos são formados por oxalato de cálcio e substâncias orgânicas: os glicosaminoglicanos. O chá desta planta impede que estas moléculas se unam aos cristais de oxalato, reduzindo e até mesmo regredindo o tamanho do cálculo. Como relaxa o sistema urinário, ajuda a expeli-lo.
Há aproximadamente 200 espécies distintas em nosso continente, sendo que, no Brasil, a mais utilizada e frequentemente encontrada é a Phyllanthus niruri, mas a Phyllanthus amarus e Phyllanthus tenellus também são consideradas.
A P. niruri possui aproximadamente 50 cm de altura, caule fino e ereto. Suas folhas são pequenas e ovais e as flores, verde-amareladas, são bem diminutas.
Apesar de ter sido utilizada desde os tempos mais remotos pelos índios brasileiros, a erva-pombinha foi patenteada por uma empresa norte-americana, a Fox Chase Cancer Center, para fabricação de fármaco para a hepatite.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia