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Ofidismo e soro antiofídico

Serpentes peçonhentas têm capacidade de inocular veneno
Serpentes peçonhentas têm capacidade de inocular veneno
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No Brasil, existem aproximadamente 55 espécies de serpentes peçonhentas, ou seja: aquelas que possuem veneno, e também capacidade de inoculá-lo. Estas estão distribuídas nas Famílias Viperidae, sendo conhecidas popularmente como jararacas, cascavéis e surucucus; e, Elapidae, tendo as corais verdadeiras como representantes.

Venenos de serpentes podem ser do tipo:

Proteolítico: provoca inflamações, com surgimento de edemas, bolhas e, em muitos casos, necrose;

Coagulante: apresenta alterações da coagulação, podendo ocorrer sangramento de gengivas, olhos e orelhas;

Miotóxica: lesões nas fibras musculares esqueléticas, com liberação de produtos que são, posteriormente, eliminados pela urina;

Neurotóxico: atua nas terminações nervosas, causando paralisias motoras;

Hemorrágico: ocorrem alterações da coagulação.


Acidentes botrópicos, ou seja, aqueles causados por jararacas, têm ação hemorrágica, coagulante e proteolítica. O paciente sente dor no local, este que pode apresentar edemas; tem sangramentos e pode apresentar náuseas, vômitos, sudorese e hipotensão arterial. Neste caso, é utilizado o soro antibotrópico.

Acidentes crotálicos (cascavéis) têm como características ações do tipo neurotóxicas, miotóxicas e coagulantes. A pessoa acometida poderá ter visão duplicada, náuseas, dores musculares e urina de cor escura. A dor é pequena ou pouco intensa, e nem sempre há formação de edemas. Deve ser utilizado o soro anticrotálico.

Acidentes laquéticos, provocados pelas surucucus, têm manifestações proteolíticas, coagulantes, hemorrágicas e neurotóxicas. O paciente tem sintomas semelhantes ao acidente botrópico, e também tem visão dupla, dilatação da pupila e diarreias. É necessário o uso do soro antilaquético, ou anti-botrópico-laquético

Acidentes elapídicos (corais) têm ação neurotóxica. O paciente tem dor local discreta e pode ter episódios de vômito e fraqueza muscular progressiva. Nestes casos, utiliza-se o soro antielapídico.

Existe, ainda, o soro antibotropicocrotalico (polivalente, ou anticrotálico/botrópico), utilizado contra a peçonha de cascavéis ou jararacas; e o antibotropicolaquetico (antibotrópico/laquético), geralmente quando não se sabe se a serpente responsável pelo acidente é uma jararaca ou surucucu.

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Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola


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Escritor do artigo
Escrito por: Mariana Araguaia Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ARAGUAIA, Mariana. "Ofidismo e soro antiofídico"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ofidismo-soro-antiofidico.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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