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Os termos microevolução e macroevolução foram criados, em 1940, por Richard Goldschmidt, com o objetivo principal de diferenciar os mecanismos neodarwinistas, que eram capazes de ocasionar diferença entre as espécies, daqueles que originavam outros grupos taxonômicos, tais como gêneros, famílias, ordens, classes e filos.
A microevolução é definida como um conjunto de mudanças que ocorre dentro de uma população. Sendo assim, ela pode ser considerada como uma evolução em pequena escala, em que há a mudança na frequência gênica de um dado grupo de indivíduos de uma espécie.
A macroevolução, por sua vez, está relacionada com mudanças tão grandes que atingem os taxa superiores, acima do nível de espécie. Normalmente, essas mudanças ocorrem de forma abrupta. Diferentemente da microevolução, a macroevolução relaciona-se com uma longa escala de tempo.
A microevolução ocorre em virtude de mecanismos evolutivos básicos, como mutação, recombinação, migração, deriva genética e seleção natural. Esses processos afetam diretamente a frequência gênica de uma determinada população, podendo, portanto, diminuir ou aumentar a frequência de um gene. Um exemplo claro de microevolução por seleção natural é a resistência que algumas bactérias, tais como a KPC, apresentam sobre uma variada gama de antibióticos.
Existe uma acalorada discussão a respeito da micro e macroevolução, sendo que ainda não há um consenso a respeito de como se originaram os taxa superiores. Alguns pesquisadores sugerem que as macroevoluções são resultados de eventos microevolutivos. Entretanto, outros afirmam que é impossível compreender a macroevolução com base somente nas inferências microevolutivas.
Sendo assim, esse assunto ainda é um desafio para a biologia evolutiva.
Por Ma. Vanessa dos Santos