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Sidney Altman

Químico Sidney Altman
Químico Sidney Altman
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Químico canadense nascido em Montreal, pesquisador da Yale University, New Haven, CT, USA, que juntamente com Thomas Robert Cech, da University of Colorado, Boulder, USA, embora com trabalhos independentes, dividiram o Prêmio Nobel de Química (1989) pela descoberta (1963) das ribozimas, enzimas compostas de ARN, abrindo as perspectivas da Bioquímica e tirando das proteínas o título de as únicas a serem consideradas enzimas (efetivamente ambos descobriram que o RNA poderia funcionar como enzima).

Segundo filho de imigrantes pobres que se tornaram comerciantes, desde cedo passou a admirar Einstein, e uma série inesperada de eventos levou-o estudar física no Massachusetts Institute of Technology, onde sob orientação de Lee Grodzins, defendeu uma tese sênior em física nuclear, B.S. (1960). No último semestre no MIT, fez um curso introdutório em biologia molecular com Cyrus Levinthal, onde se familiarizou com ácidos de nucleicos e genética molecular. Passou dezoito meses como um estudante diplomado em física na Universidade de Columbia, onde não conseguiu vaga para trabalhar em um laboratório..

Oito meses depois de ter deixado Columbia, foi trabalhar no Colorado como um estudante diplomado em biofísica com o professor Leonard Lerman, enquanto desenvolvia pesquisas com DNA no Medical Center da University of Colorado. A partir de então a biologia molecular entrou em sua vida de uma maneira produtiva e obteve seu Ph.D. (1967). Depois juntou-se a equipe do laboratório de Mathew Meselson da Universidade de Harvard como Postdoctoral Fellow, (1967-1969) e, imediatamente depois, tornou-se membro do grupo conduzido por Sydney Brenner e Francis Crick no Medical Research Council Laboratory of Molecular Biology, em Cambridge, Inglaterra, como Visiting Research Fellow (1969-1971).

No laboratório de MRC iniciou o trabalho que o conduziu à descoberta de RNase P e as propriedades enzimáticas da subunidade de RNA daquela enzima. Essa descoberta lhe permitiu entrar como professor assistente na Universidade de Yale (1971) e, seguindo uma carreira acadêmica padrão, tornou-se Professor (1980). Casou-se (1972) com Ann Korner com quem teve duas crianças, Daniel (1974) e Leah (1977). Foi Presidente do departamento (1983-1985) e Decano de Faculdade de Yale (1985-1989).

No dia 1 de julho (1989) voltou ao posto de Professor fulltime. Membro da American Academy of Arts and Sciences e da National Academy of Sciences (1990), Honorary Degrees da Université de Montréal (1990), York University de Toronto (1990), Connecticut College (1990), McGill University (1991), University of Colorado (1991), University of British Columbia (1991) e do Dartmouth College (1996).
Foto copiada do site da FUNDAÇÃO NOBEL:
http://www.nobel.se/

A N E X O

DNA, RNA, Enzimas e Ribozimas

(Textos obtidos de várias fontes)

A noção de enzima=proteína, foi um conceito considerado correto até a década de 80, quando foi descoberta a existência de enzimas de RNA, as denominadas ribozimas. Esta descoberta deveu-se aos pesquisadores Thomas Cech e Sidney Altman que com isso dividiram o Prêmio Nobel de química, seis anos depois. Eles demonstraram que no mecanismo de auto-montagem as moléculas de RNA podem apresentar propriedades catalíticas. RNAs com atividade catalítica recebem o nome de ribozimas. A descoberta de ribozimas trouxe uma grande contribuição para a compreensão da evolução dos seres vivos no planeta, sugerindo que, provavelmente, as moléculas de RNA precederam as de DNA neste processo. As siglas DNA, ou ADN, e RNA, ou ARN, são talvez as mais conhecidas pelos que se interessam pelas ciências biológicas.

A primeira refere-se ao ácido desoxirribonucléico, matéria-prima dos genes, e a segunda ao ácido ribonucléico, que também participa na formação de proteínas e se torna cada vez mais importante. Distinguem-se três tipos de RNA: o mensageiro, o transportador e o ribossômico, que se concentra nos ribossomos, nódulos citoplásmicos onde as proteínas são montadas. Na década de 60, as principais funções atribuídas ao RNA eram puramente informacionais e estruturais. Segundo o esquema então aceito, a informação codificada no DNA é transcrita em molécula linear (RNA mensageiro), que copia o código do gene com as instruções para produção de uma proteína. A seguir, esse RNA sai do núcleo celular e se prende a um ribossomo.

Este move-se ao longo da molécula do cabeçote e traduz o código genético numa sequência de ácidos aminados que são carreados pelo RNA transportador. Quando pronta, essa cadeia de ácidos aminados constitui a proteína. Naquele tempo, admitia-se que o RNA ribossômico fosse um mero andaime que mantinha em seus lugares os componentes da proteína. Depois, verificou-se que o andaime não é formado por proteínas do ribossomo, mas pelo RNA dessa estrutura. Assim Cech (1982) e Altman (1983) demonstraram que o RNA exerce funções catalisadoras. O que fazem as ribozimas? Elas participam do corte de moléculas de RNA mensageiro, o splicing, fazendo a remoção de "introns", ou seja, as regiões que não são traduzidas.

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Escritor do artigo
Escrito por: Keilla Renata Costa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

COSTA, Keilla Renata. "Sidney Altman"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/sidney-altman.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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