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Químico japonês nascido em Kobe, que dividiu metade do Prêmio Nobel de Química (2001) com o americano William Knowles, da Companhia Monsanto, em Saint Louis: ambos estudaram a produção de moléculas catalisadoras para a síntese assimétrica de moléculas quirais em reações de hidrogenação. Doutorou-se (1967) pela Universidade de Kyoto e passou a ensinar química na Universidade de Nagoya (1972). Assumiu (2000) a direção do Centro de Pesquisa em Ciência dos Materiais dessa instituição.
Em suas pesquisas desenvolveu melhor e de forma mais geral catalisadores para reações de hidrogenação. Ele constatou que a troca de átomos de ródio por outros de rutênio no catalisador usado por Knowles levava a uma aplicação mais abrangente do composto. As suas observações são hoje aplicadas na produção de antibióticos, químicos finos e fármacos. A outra metade vai para o americano Barry Sharpless, do Instituto de Pesquisa Scripps, que pesquisou o fenômeno em reações de oxidação. A outra metade foi para o americano Barry Sharpless, do Instituto de Pesquisa Scripps, que pesquisou o mesmo fenômeno em reações de oxidação.
. Foto copiada do site NOBEL e-MUSEUM:
A N E X O
Moléculas quirais
(Texto adaptado e figura copiada do site CIÊNCIA HOJE)
Moléculas quirais são aquelas que, embora pareçam iguais (são compostas pelos mesmos átomos), possuem arranjos espaciais diferentes em função da forma como os átomos de carbono são combinados. As partes espelhadas das moléculas quirais são chamadas enantiômeros.
A configuração espacial diferente dos enantiômeros faz com que as reações em que estão envolvidos também sejam distintas. Nas moléculas quirais da natureza, como aminoácidos, enzimas, proteínas e o próprio DNA, uma dessas formas espelhadas é mais usada e abundante que a outra. Isso ocorre porque a estrutura espacial de cada enantiômero determina a forma como reage com os receptores, sendo alguns se encaixam perfeitamente e outros não. Muitos medicamentos são constituídos por moléculas quirais das quais somente um dos enantiômeros é aproveitado.
O outro pode ser prejudicial, como no caso do remédio a base de talidomida, usado por mulheres grávidas nos anos 60: uma das formas espelhadas combatia náuseas, enquanto a outra causava malformação fetal. Como cada enantiômero tem efeitos diferentes na célula, é importante produzir um deles na forma pura (separado de sua imagem espelhada). Em uma reação simétrica, isso não seria possível: a imagem espelhada sempre é formada. Os laureados com Nobel de Química desenvolveram um meio assimétrico com ajuda de catalisadores para produzir enantiômeros.
O uso de catalisadores, compostos que aceleram a reação química, facilita a síntese de um dado enantiômero em larga escala. A descoberta desses catalizadores inaugurou um campo de pesquisa e viabilizou a síntese de moléculas com propriedades novas, os quais vêm sendo usados na produção de antibióticos, antiinflamatórios e remédios para o coração.