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Abû Raihân Muhammad ibn al Ahmad al Bîrûnî

Abû Raihân Muhammad ibn al Ahmad al Bîrûnî, considerado um dos maiores cientistas de todos os tempo
Abû Raihân Muhammad ibn al Ahmad al Bîrûnî, considerado um dos maiores cientistas de todos os tempo
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Extraordinário astrônomo, matemático, físico, médico, geógrafo, geólogo e historiador árabe nascido onde atualmente fica a cidade de Biruni, em sua homenagem, próximo a Kath, então capital do principado de Khwarazm, região do Mar Aral e hoje chamada de Kara-Kalpakskaya, no Uzbequistão, considerado um dos maiores cientistas de todos os tempos. Foi educado em Kath e estudou com o famoso astrônomo e matemático Abu Nasr Mansur. Estudou árabe, leis islâmicas, e diversos ramos de conhecimento e também aprendeu grego, sírio e sânscrito, o que foi lhe foi fundamental para alcançar o conhecimento existente e desenvolver seu inovadora e original trabalho científico.

De cultura grega e pensamento muçulmano, foi contemporâneo de Ibn Sina, o Avicenna (980-1037), manteve com este grande e famoso físico árabe intensa correspondência e ambos, juntamente com outros cientistas muçulmanos, tornarem-se responsáveis pela base da ciência moderna. Infatigável viajante em busca de conhecimentos, adquiriu grande prestígio junto a Mahmood Gahznavi ( ? - 1030), um famoso rei muçulmano que também governava a Índia, e seu filho, o Sultão Mas'ud, que se tornou seu amigo e protetor e o levou consigo por diversas vezes em suas viagens pelo interior do país.

Na nação oriental, viajou por muitos locais durante cerca de 20 anos e estudou filosofia, a matemática, geografia e religião hindus, especialmente dos Panditas, e levou-lhes o conhecimento científico e filosófico dos gregos e muçulmanos. Escreveu essencialmente sobre matemática, mas também extensamente sobre a história da ciência no mundo helênico, sobre física, astronomia, especialmente sobre o sol e seus movimentos. Um dos seus primeiros livros mais importantes foi Al-Athar Al-Baqiyah fi Qanun al-Kaliyah (~1000), sobre história antiga, astronomia e geografia, traduzido (1888) pelo professor e especialista em traduções antigs, da Universidade Real de Berlim, Edward Carl Sachau.

Seu livro Al-Tafhim-li-Awail Sina’at al-Tanjim (1029), onde apresentou trabalhos sobre matemática e astronomia, foi traduzido pelo Emeritus Professor de Biologia da University of Toronto, Robert Ramsay Wright (1853-1933), em Londres, como Book of Instructions in the Elements of the Art of Astrology e publicado pela Luzac & Co. (1934). Após o seu regresso da Índia, escreveu o seu famoso livro Al-Qanun Al-Masudi Fi Al-Hai’a Wa Al-Nujum (1030), dedicado ao Sultão Mas'ud, onde discutiu diversos teoremas de trigonometria, astronomia, movimentações do sol, da lua e dos planetas, e uma coleção de vinte e três observações de equinócios. Em Kitab al-Hind, também conhecido como Livro da Índia, relatou minuciosamente a vida na Índia, suas religiões, línguas e culturas, e muitas outras notas geográficas, descendo a detalhes como afirmar que o vale hindu deveria ter sido uma antiga bacia marítima aterrada com depósitos aluviais.

Com estas publicações fez com que a matemática e a cultura hindus viessem a se tornar populares entre os árabes e chegassem até nossa época. Pensador crítico, também escreveu outra obra histórica: Siddhantas. Traduziu dois livros do sânscrito para árabe, Patanjal e Sakaya, onde o primeiro tratava de relatos de experiências após a morte, e o segundo sobre a criação das coisas e seus tipos. Outro livro bem conhecido de sua autoria foi o Kitab-al-Saidana, sobre medicina árabe e indiana. Divulgou estudos sobre um eclipse do sol que ele observou em Lamghan, um vale rodeado por montanhas, entre as cidades de Kandahar e Kabul (1019). Também observou e escreveu sobre um eclipse lunar observado em Ghazna, então na Índia, e forneceu detalhes precisos da altitude das estrelas mais conhecidas então.

Defendeu, sem conclusões definitivas, que a Terra girava em torno do seu eixo, calculando latitudes e longitudes. Descreveu a Via Láctea como um conjunto de inúmeros fragmentos de estrelas nebulosas. Foi pioneiro em experiências elaboradas relativas a fenômenos astronômicos, afirmou que a velocidade da luz era muitas vezes maior que a velocidade do som e contribuiu para os estudos sobra a força da gravidade. Na Física desenvolveu estudos sobre elementos e compostos, metais e pedras preciosas, e fez determinações do peso específico de muitos deles. Na matemática foi um pioneiro no estudo dos ângulos e da trigonometria, trabalhou com sombras e diâmetros e desenvolveu um método para tripartir o ângulo.

Na geologia e da geografia, contribuiu para o conhecimento das erupções geológicas e da metalurgia. Descobriu sete maneiras diferentes de localizar a direção do norte e do sul e criou técnicas matemáticas para determinar com exatidão os inícios da estações. Nas ciências naturais explicou o funcionamento das nascentes naturais e dos poços artesianos através do princípio hidrostático dos vasos comunicantes e constatou que a flores possuem 3, 4, 5, 6, ou 18 pétalas, embora nunca sete ou nove.

A ele se deve, inclusive, a invenção de alguns instrumentos de astronomia e a publicação de manuais sobre o astrolábio e um tipo de calendário mecânico. Morreu em Ghazna, hoje Ghazni, no Afeganistão. Foi uma figura exponencial da Idade de Ouro da Ciência Islâmica e também deixou fama de ótimo mestre ou professor por excelência. Conta-se também que nunca trabalhou visando ganhar fama, autoridade ou ganhos materiais, e pregava servir o conhecimento para o bem do conhecimento, e não por dinheiro.

(Figura copiada do site TURNBULL WWW SERVER

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Escrito por: Brasil Escola Escritor oficial Brasil Escola

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ESCOLA, Brasil. "Abû Raihân Muhammad ibn al Ahmad al Bîrûnî"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/abu-raihan-muhammad.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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