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Diante da dúvida que permeia a cabeça de muitos pais sobre a questão da lateralidade (predominância motora de um dos lados do corpo), quando vê o bebê segurando o brinquedo ora com uma mão, ora com outra, os especialistas garantem que essa é uma agilidade motora normal, já que nesta faixa etária a criança é ambidestra (habilidade com as duas mãos).
A lateralidade é determinada por volta dos 6 aos 8 anos, no entanto antes dessa fase a criança manifesta sua escolha quanto ao uso de uma das mãos.
As causas que originam a lateralidade da criança ainda não apresentam uma conclusão definitiva, porém alguns cientistas sustentam a idéia da determinação genética. Sendo assim, uma característica adquirida dos pais. Segundo estudo realizado no início dos anos 90, filhos de pais destros têm 9,5% de chance de ser canhotos. A possibilidade aumenta de 19,5%, quando o pai ou a mãe é canhoto. Em casos que o pai e a mãe são canhotos, o filho poderá apresentar 26% de chance de ser canhoto.
A lateralidade é dominada pelo cérebro, sendo que os movimentos da parte esquerda do corpo são estimulados pelo hemisfério cerebral direito e vice-versa.
Antigamente, as crianças canhotas eram vistas como anormais. Na escola recebiam castigos como “reguadas” e tinham o braço esquerdo amarrado pelos professores.
A lateralidade da criança não deve ser reprimida, uma vez que pode ocasionar prejuízos à criança, como afirmam os neurologistas. Um exemplo disso é a dificuldade em ser alfabetizada quando são canhotas e obrigadas a utilizar a mão direita. A leitura e a escrita também podem ser retardadas. Podem enfrentar problemas de orientação espacial, fazendo-as tropeçar e trombar nas coisas.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola