No início da República no Brasil, houve tanto permanências quanto rupturas em diversos aspectos econômicos, políticos e sociais.
Em relação às permanências, pode-se destacar a manutenção da estrutura econômica baseada na monocultura, com destaque para a produção de café. A elite agrária manteve seu domínio econômico e político, continuando a exercer seu poder sobre as demais camadas sociais. Além disso, a mão de obra escrava foi substituída pela mão de obra assalariada, mantendo-se a exploração do trabalhador.
Já em relação às rupturas, foi estabelecido um novo regime político, a República, que trouxe mudanças significativas no sistema de governo, com a instauração do voto direto e o fim do regime monárquico. Houve uma tentativa de modernização das estruturas políticas e sociais, com a promulgação de uma nova Constituição e a implementação de políticas laicas.
No campo social, houve também rupturas com a queda da monarquia e a ascensão de novos atores sociais, como os militares, que passaram a ter um papel mais ativo na vida política do país. Além disso, ocorreram movimentos de resistência e lutas por direitos sociais e trabalhistas, que marcaram o período inicial da República.
Em suma, o início da República no Brasil foi marcado por uma mistura de permanências e rupturas nos aspectos econômicos, políticos e sociais, refletindo os desafios e contradições do processo de transição do regime monárquico para o republicano.