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A dor muscular tardia se manifesta em casos onde o indivíduo exerce uma carga de exercício muscular vigoroso sem ter o necessário preparo físico; inicia uma atividade física; ou reinicia, mas com intensidade maior do que o habitual.
É uma das lesões esportivas que ocorrem com mais frequência, apresentando sintomas musculares como: inchamento, enrijecimento, sensibilidade ao toque e dor ao movimentar a região afetada. Estes surgem algumas horas após as atividades, com aumento progressivo da dor nas próximas vinte e quatro horas, e diminuição gradativa em um prazo de aproximadamente 72 horas. Tais sintomas podem durar por até dez dias, podendo ser mais brandos ou acentuados, dependendo do tipo e intensidade do exercício; e tendem a regredir naturalmente, sem nenhuma sequela em médio ou longo prazo.
Acreditava-se no passado que o lactato era o fator responsável por estes eventos, já que suas concentrações aumentam durante o exercício vigoroso. Entretanto, sabe-se hoje que, aproximadamente uma hora e meia depois dos exercícios, suas concentrações já se encontram normais. Diante destes fatos, muitos especialistas reconhecem que a DOMS é decorrente do alongamento acentuado das fibras musculares, principalmente no tecido conjuntivo muscular, causando microlesões que provocam processo inflamatório, causando dor.
Caso o paciente deseje, ou caso seja necessário, há como se tratar desta lesão por meio de alongamento, massagem, aplicação de gelo (crioterapia), uso de antioxidantes e/ou anti-inflamatórios, imersão da região afetada em água gelada a dez graus Celsius, ou fisioterapia.
Quanto à sua prevenção, treinar de acordo com a sua capacidade, aumentando a carga e/ou intensidade de forma gradativa; alongar os músculos antes e depois das atividades; e promover uma alimentação rica em proteínas e vitaminas C e E (anti-inflamatórias e antioxidantes), são medidas essenciais.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia