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Medo e fobia são situações distintas que não podem ser confundidas. O medo é uma emoção importante que nos faz evitar situações que possam nos causar danos, enquanto a fobia é um medo desproporcional que pode afetar de forma significativa a vida do indivíduo.
Tópicos deste artigo
→ O que é medo?
O medo é apresentado por várias espécies de animais, incluindo os seres humanos. É uma emoção extremamente importante, pois evita que fiquemos expostos a situações de risco. Evitando o perigo, garantimos nossa sobrevivência, portanto, o medo é um mecanismo de proteção.
O medo pode acontecer em algumas situações do dia a dia, como falar em público. Os medos são normais e transitórios e ocorrem comumente nas pessoas, sem causar sérios danos a elas. Medos desproporcionais e intensos que impedem a vida normal de um indivíduo podem ser um caso de fobia.
→ O que é fobia?
A fobia acontece quando temos um medo exagerado e desproporcional diante de determinada situação ou objeto. Geralmente, o indivíduo que apresenta fobia tende a evitar as situações as quais teme, causando prejuízo considerável em sua vida, como evitar locais ou eventos por medo de enfrentar o que se teme. De uma maneira geral, pessoas que têm fobia consideram uma situação muito mais ameaçadora do que ela realmente é.
Leia também: Nomes de fobias
Entre os grupos de fobia, temos as fobias específicas, as fobias sociais e as agorafobias. As fobias específicas são aquelas que possuem um estímulo bem definido e podem ser classificadas de acordo com ele: fobia de animais (medo exagerado de aranha), fobia de ambientes naturais (medo exagerado de tempestades), fobia de sangue-injeção-ferimentos (medo exagerado de procedimentos médicos), fobia situacional (medo exagerado de locais fechados) e outros (medo exagerado de personagens vestidos de fantasia).
A chamada fobia social é aquela em que um indivíduo apresenta medo acentuado de situações nas quais possa ser exposto e julgado ou avaliado por outras pessoas. Apresentar um trabalho em frente a uma sala de aula, por exemplo, pode trazer grande ansiedade para o indivíduo, que, muitas vezes, prefere evitar a situação.
Temos ainda a agorafobia, que é o medo excessivo do indivíduo em relação a algumas situações com receio de que algo ruim aconteça, e ele não consiga fugir ou obter auxílio. Nesses casos, o indivíduo apresenta medo diante de duas ou mais das seguintes situações: usar transporte público, permanecer em espaços abertos, permanecer em locais fechados, permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão, sair de casa sozinho.
As fobias podem nos fazer evitar certas situações. Pessoas que possuem fobia de injeções, por exemplo, evitam ir ao médico.
→ Medo e fobia
Vemos, portanto, que o medo é um sentimento normal que não causa danos à vida do indivíduo e está relacionado com nossa sobrevivência. Já a fobia caracteriza-se por ser um medo desproporcional que afeta significativamente a vida de um indivíduo, que passa a evitar muitas situações as quais teme.
Não podemos nos esquecer ainda de que existem os chamados ataques de pânico, os quais se diferenciam do medo e da fobia e caracterizam-se por serem recorrentes e inesperados. De acordo com o “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais”, um ataque de pânico seria um surto de medo intenso que combina quatro ou mais dos seguintes sintomas:
1. palpitações, coração acelerado, taquicardia;
2. sudorese;
3. tremores ou abalos;
4. sensações de falta de ar ou de sufocamento;
5. sensações de asfixia;
6. dor ou desconforto torácico;
7. náusea ou desconforto abdominal;
8. sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
9. calafrios ou ondas de calor;
10. anestesia ou sensações de formigamento;
11. sensações de irrealidade ou sensação de estar distanciado de si mesmo;
12. medo de perder o controle ou de “enlouquecer”;
13. medo de morrer.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos