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Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a obesidade é um dos fatores mais graves para o aparecimento de doenças cardiovasculares. Em geral, ela é causada pelo excesso alimentar combinado a um modo de vida sedentário. Mas é importante lembrar que outros fatores podem desencadear ou interferir na obesidade, como fatores genéticos, neurológicos, psicológicos, metabólicos e socioeconômicos.
Geralmente, os médicos calculam o peso ideal através do índice de massa corpórea (IMC), que é obtido através do seguinte cálculo: IMC = Peso/altura ao quadrado. Quando o indivíduo excede em 30% a relação ideal entre peso e altura estabelecida pelo IMC, a tendência é que sua pressão seja mais alta, que ele sofra de alterações no colesterol e tenha mais propensão ao diabetes. Na maioria dos casos, esse tipo de indivíduo também leva uma vida sedentária, o que favorece ainda mais para o risco de problemas cardíacos, pois o seu coração precisa trabalhar com mais esforço.
Se o indivíduo tem uma dieta rica em gordura saturada (que é encontrada principalmente em produtos de origem animal, mas também em alguns de origem vegetal, como coco e cacau), pode haver um aumento da taxa de colesterol no sangue, o que causa um acúmulo de placas de gordura nas artérias. Com esse acúmulo, as artérias vão se tornando endurecidas e estreitas, diminuindo o fornecimento do sangue para os órgãos do corpo, o que causa uma doença cardiovascular conhecida como aterosclerose. Em decorrência desse acúmulo de gordura ocorre a morte das células, desencadeando uma reação inflamatória e aumentando as chances de rompimento do vaso. Com a ruptura do vaso há a formação de coágulos que podem obstruir artérias importantes, como as que irrigam o coração, ocasionando o infarto do miocárdio, que pode levar à morte.
O tratamento da obesidade depende muito da determinação do paciente, que, seguindo orientação médica, deve diminuir a ingestão de calorias (para que esta seja menor do que o seu gasto) e aumentar a frequência dos exercícios físicos.
É importante ressaltar que as dietas milagrosas que muitos anunciam nos meios de comunicação podem trazer problemas à saúde e que muitos dos medicamentos que prometem reduzir o peso nada mais são do que diuréticos (remédios que causam uma grande perda de água, e não de gordura, ocasionando prejuízos ao organismo).
A obesidade só pode ser tratada quando o indivíduo obeso se compromete a fazer uma mudança definitiva nos hábitos alimentares, com a diminuição de alimentos ricos em açúcar e gordura e controle da ingestão de alimentos ricos em carboidratos, dando preferência a alimentos como verduras e legumes de baixa caloria. A prática de atividades físicas regulares também é muito importante no tratamento da obesidade.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia