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Antes de partirmos para uma discussão mais aprofundada do assunto em questão, comecemos a conceber a escrita como sendo sim um assunto complexo, porém, no bom sentido. É bem possível que se assim procedermos, muitos estigmas e até possíveis repulsas tender-se-ão a se extinguir de uma vez por todas.
Precisamos entender que a linguagem escrita exige determinadas habilidades que não são conquistadas num passe de mágica, ao contrário, tudo ocorre de forma paulatina, gradativa. O aprimoramento de tais habilidades mantém uma estreita relação com a forma pela qual procedemos enquanto usuários da língua, pois quanto mais familiarizados com os aspectos que a regem, mais demonstramos ser competentes escritores. Dessa forma, nada que o hábito pela leitura de bons livros e a constante busca pela informação e pelo conhecimento em todos os sentidos não possam resolver.
Em função disso, propomo-nos a discorrer acerca de um fator elementar para um texto considerado de boa qualidade – a precisão vocabular. Talvez ela, mesmo estando relacionada a tantos outros elementos, resuma o segredo do sucesso, pois para que toda interlocução se materialize de forma plausível, precisa, antes de tudo, estar clara, coerente e precisa. Mas de que forma isso acontece?
Há quem pense que escrever, ou até mesmo falar bem, significa optar por palavras difíceis, eruditas. Ao contrário do que muitos pensam, a simplicidade revela o perfil característico de uma boa linguagem. Mas daí surge uma pergunta: ser simples é usar palavras extraídas das conversas informais, do dia a dia?
Não, ser simples é saber escolher bem o que dizer, tendo em vista um conhecimento das regras gramaticais, colocando-as em prática sempre que necessário for. Dessa forma, nada de eruditismo, ou seja, nada de usarmos palavras simplesmente por que as achamos bonitas, pensando que vamos impressionar, sem ao menos sabermos o que elas representam. Tudo tem de ser milimetricamente dosado. Simplicidade tem tudo a ver com compreensão.
Por isso, acredite, a escolha das palavras, a organização do pensamento e, consequentemente, a materialização do discurso de forma clara e precisa são requisitos imprescindíveis a todo bom redator. Sendo assim, procure sempre seguir esses passos, pois o caminho que tem a percorrer não será assim tão árduo quanto você imagina.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras