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Se o anel aromático já tiver um átomo ou um grupo de átomos (G) ligado ao anel benzênico, as substituições posteriores serão influenciadas por ele, ou seja, dizemos que este grupo é um “orientador” da substituição de hidrogênio desse anel.
Esta orientação pode ser meta ou orto-para-dirigente. Esses dois tipos funcionam da seguinte maneira:
• Radical meta-dirigente: A posição da substituição se dá na posição meta, que representa as posições 3 e 5 em relação ao substituinte que orienta. Os principais grupos que são meta-dirigentes normalmente apresentam ligações duplas, triplas ou dativas. Esses radicais, também chamados de desativantes, são:
Esses grupos dificultam a reação e orientam a entrada do segundo grupo para a posição meta. Veja como exemplo a monocloração do nitrobenzeno:
Note que a substituição de H ocorre em meta, porque o grupo –NO2 é meta-dirigente.
• Radicais orto-para-dirigentes: Nesse caso há formação de dois produtos: um em orto e outro em para, isto é, as posições 2, 4 e 6 em relação ao radical. Os principais grupos que são orto-para-dirigentes são também chamados de ativantes e estão listados a seguir:
Esses grupos facilitam a reação e orientam a entrada de um segundo grupo para as posições orto e para. A única exceção são os halogênios que, embora sejam orientadores orto e para, dificultam a entrada de um segundo substituinte no anel aromático.
Veja isso no exemplo da cloração do tolueno (metil-benzeno) abaixo:
Note que, com a presença do radical alquila CH3, ocorrem substituições em posições orto e para, porque ele é um radical orto-para-dirigente.
Se por acaso o anel benzênico já tiver os dois tipos de radicais, o que prevalecerá será o radical orto-para-dirigente, que orientará a substituição seguinte.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola