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O que é Síndrome do Pânico?
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), o termo Síndrome do Pânico define um quadro de adoecimento cujos sintomas estão ligados a súbitos períodos de pavor e sensações inexplicáveis de desgraça iminente. Esses sintomas estão sempre acompanhados de alterações físicas e cognitivas. A síndrome encerra a vivência de um elevado estado de excitação diante de acontecimentos corriqueiros.
É importante destacar que há uma diferença significativa entre Ataque de Pânico e Síndrome do Pânico. O ataque é um episódio isolado em que os sintomas do quadro de ansiedade aparecem. Já a Síndrome é um conjunto de sintomas, entre eles, a repetição dos ataques de pânico com certa frequência, que relacionam o ataque à sensação de medo de desmaiar, medo de perder o controle, medo de ter um ataque do coração e, por fim, medo de morrer.
Quais são os sintomas?
Os sintomas descritos pelo DSM-IV são:
Palpitações ou taquicardia; Sudorese; Tremores ou abalos; Sensações de falta de ar ou sufocamento; Sensações de asfixia; Dor ou desconforto torácico; Náusea ou desconforto abdominal; Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; Desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (estar distanciado de si mesmo); Medo de perder o controle ou enlouquecer; Medo de morrer; Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento); Calafrios ou ondas de calor, todos ligados a um medo intenso e inexplicável.
Qual é a duração de um ataque de pânico?
Em geral, um ataque de pânico dura entre 20 e 40 minutos e tem seu auge nos primeiros 10 minutos. Logo após o ataque, o indivíduo costuma se sentir cansado e fraco, como se tivesse feito um grande esforço físico. Em geral, nesse momento, o sujeito costuma chorar, dormir e então volta ao normal. O ataque também pode ocorrer durante o sono. Quando isso acontece, o despertar inclui os sintomas citados anteriormente.
Quais são os tratamentos?
Em geral o tratamento é uma combinação de intervenções farmacológicas e psicoterapêuticas. Os medicamentos mais comuns são antidepressivos e benzodiazepínicos. Entre os antidepressivos, os mais conhecidos são alprazolam, clonazepam e diazepam. No entanto, o uso desses medicamentos demanda atenção especial, principalmente com idosos, já que podem comprometer a habilidade motora. Além disso, é preciso evitar o uso a longo prazo, já que são medicamentos que podem causar dependência.
A melhor estratégia para evitar o prolongamento do tratamento farmacológico é o acompanhamento psicoterapêutico. É necessária uma avaliação bastante prudente, para que os sintomas não sejam confundidos com outros transtornos de ansiedade, como TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) ou Depressão. É preciso isolar o quadro de quaisquer outros possíveis transtornos como fobias ou quadros psicóticos. Além disso, é importante descartar problemas físicos, através da realização de exames. A ação multidisciplinar permite aos profissionais isolar esse quadro, para que a condução do tratamento seja mais eficaz.
Juliana Spinelli Ferrari
Colaboradora Brasil Escola