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Durante séculos os estudiosos tentaram chegar a um consenso a respeito da origem dos princípios racionais, da capacidade para a intuição e de raciocínio do homem. Será que as pessoas já nascem com potencialidades, dons e aptidões que serão desenvolvidos de acordo com o amadurecimento biológico ou tudo isso é desenvolvido através da experiência com o mundo externo?
Essa discussão provavelmente se iniciou a partir da discussão de dois dos maiores filósofos da história: Platão e Aristóteles. Embora ambos tenham sido discípulos de Sócrates, Platão defendia a tese de que nascemos com ideias natas, enquanto Aristóteles pregava que tudo é desenvolvido através da experiência, em que o contato com o mundo externo é a única forma de se obter conhecimento e aprimoramento do intelecto.
Através de suas teorias, o inatismo apresenta o ser humano como um agente estático, sem a possibilidade de sofrer mudanças. Desta forma, quando o homem nasce, sua personalidade, valores, hábitos, crenças, pensamento, emoções e conduta social já estão definidos, uma vez que toda a atividade de conhecimento é exclusiva do sujeito, o meio não participa dela.
Para os empiristas, o homem ao nascer é uma “folha em branco”. Segundo Popper, “Não há nada no nosso intelecto que não tenha entrado lá através dos nossos sentidos". Essa é a ideia central do empirismo: a única fonte de conhecimento humano é a experiência adquirida em função do meio físico, mediada pelos sentidos. Assim, o empirismo destaca a importância da educação e da instrução na formação do homem.
O estudo do empirismo e do inatismo é importante em razão das muitas questões polêmicas que giram em torno destas duas teorias atualmente, como o desenvolvimento da homossexualidade, a formação de líderes, o desenvolvimento de superdotação, etc.