O filo Arthropoda é um filo extremamente diversificado, sendo considerado o maior grupo de animais do planeta! Dentre a infinidade de animais desse filo, podemos citar as borboletas, baratas, aranhas, escorpiões, moscas, centopeias, libélulas e lagostas.
Esses animais apresentam características muito importantes para seu sucesso adaptativo. Uma das características primordiais para esse sucesso é a presença do exoesqueleto. O termo exoesqueleto significa esqueleto externo. O exoesqueleto funciona como uma proteção contra atrito, patógenos, predadores e variações do meio ambiente. Além disso, dá suporte estrutural e forma ao corpo do animal.
O exoesqueleto dos artrópodes é formado por quitina, um polissacarídeo composto por monômeros de N-acetilglicosamina. Nos crustáceos, além da presença de quitina, ocorre a impregnação de carbonato de cálcio (CaCO3). É por isso que os siris e caranguejos possuem carapaça extremamente rígida e difícil de quebrar.
A presença desse exoesqueleto rígido é, sem dúvida, uma característica extremamente importante para a sobrevivência do artrópode. Entretanto, essa característica não apresenta apenas pontos positivos. Com essa carapaça rígida, torna-se impossível o crescimento do animal como ocorre nos outros grupos. O artrópode necessita de trocar o seu exoesqueleto para crescer. Esse processo recebe o nome de muda ou ecdise.
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A muda ou ecdise permite o crescimento do animal
A muda ocorre em várias etapas. Na intermuda, o animal vive normalmente, realizando todas as suas atividades. Quando ele atinge um tamanho em que se faz necessária a troca de exoesqueleto, inicia-se a fase pré-muda. Esta fase é caracterizada pela produção de um novo exoesqueleto que irá revestir o animal. O animal ficará, então, com dois exoesqueletos: o velho e o novo. Entretanto, o novo esqueleto permanecerá mole. Acontece então a muda, que é o momento em que o exoesqueleto velho é eliminado. Após a eliminação, o artrópode ficará apenas com o novo e mole exoesqueleto. A partir daí, o artrópode irá expandir seu corpo, utilizando ar ou água. Quando o novo exoesqueleto endurecer, essa água e ar serão substituídos pelos tecidos do animal.
Por Ma. Vanessa dos Santos