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Alianças para a Primeira Guerra Mundial

Uma charge representando o tenso cenário político-militar que antecedeu a Primeira Guerra
Uma charge representando o tenso cenário político-militar que antecedeu a Primeira Guerra
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Os anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial não foram marcados por nenhum conflito entre as nações européias. No entanto, entre o final do século XIX e o início do século XX, as principais nações envolvidas nas disputas imperialistas realizaram uma grande corrida armamentista. A tecnologia bélica sofreu grandes avanços nessa época, e grande parte desses armamentos eram testados nas possessões coloniais espalhadas pelos continentes asiático e africano.

As potências imperialistas de maior porte, como Inglaterra e França, utilizavam das armas para conter as revoltas em suas zonas de dominação imperialista. Por outro lado, Itália e Alemanha – que possuíam domínios de menor riqueza – também participaram dessa corrida bélica com o objetivo de buscar novos domínios que atendessem suas ambições econômicas. A ampliação do arsenal das grandes potências não causou diretamente a guerra, mas configurou o cenário para a luta.

Antes de 1914, as nações européias realizaram um grande número de alianças que polarizaram as disputas econômicas entre as nações. No ano de 1882, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Itália formaram a chamada Tríplice Aliança. Nesse acordo ficava estabelecido que caso um dos países declarasse guerra, os demais envolvidos se comprometiam a permanecerem neutros. Além desse ponto, outras questões militares ficaram pré-estabelecidas.

Tópicos deste artigo

Mapa Mental: Primeira Guerra Mundial

Mapa Mental: 1ª Guerra Mundial

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Caso os franceses atacassem a Itália, austríacos e alemães deveriam apoiar a Itália em um provável confronto. Se a Alemanha fosse vítima de uma invasão militar francesa, somente a Itália seria obrigada a apoiar militarmente os alemães. Por fim, se qualquer um dos envolvidos desse tratado fosse afrontado por duas nações européias, os outros envolvidos deveriam apoiar o aliado com exércitos e armas.

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Esses acordos que previam uma série de conflitos hipotéticos, de fato, podem ser vistos como conseqüência das disputas que ocorriam no período. Na África, os alemães procuravam controlar mercados anteriormente dominados pelos ingleses. A pressão econômica e colonial exercida pela Alemanha obrigou a Inglaterra a interromper seu longo isolamento em relação à França, até então sua maior concorrente comercial.

No ano de 1904, a Entente Cordial firmou um primeiro acordo entre Inglaterra e França. Segundo esse primeiro tratado, a Inglaterra teria total liberdade de exploração econômica na região do Egito, enquanto os franceses teriam seus interesses garantidos no Marrocos. A Alemanha não reconheceu esses acordos estabelecendo resistência à dominação francesa no Marrocos. Entre 1905 e 1911, aconteceram pequenos conflitos nas regiões de Agadir e Tanger.

No continente asiático, França e Inglaterra disputavam o controle de posições em territórios da atual Tailândia. Ao mesmo tempo, os ingleses tinham problemas com os interesses dos russos na exploração econômica de regiões do Oriente Médio, do Tibet e da Ásia Central. Em 1907, a intermediação diplomática francesa conseguiu equilibrar as disputas entre russos e britânicos.

O acordo entre essas três nações possibilitou a assinatura da Tríplice Entente. Essa aliança estabeleceu um processo de polarização política, militar e econômica entre as grandes potências européias. Nesse contexto se institui a chamada “paz armada”, um equilíbrio diplomático que poderia se esfacelar ao menor conflito que pudesse justificar a luta direta entre as duas alianças formadas. Foi quando, em 1914, um incidente terrorista nos bálcãs despertou as rivalidades historicamente fomentadas.

 

Por Rainer Sousa
Graduado em História

*Mapa Mental por Daniel Neves
Graduado em História

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Alianças para a Primeira Guerra Mundial"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/aliancas.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

1) É correto dizer que a formação da Tríplice Aliança, em 1882, tendo à frente o Império Austro-húngaro e o Império Alemão, tinha como principal componente ideológico:

a) o comunismo internacionalista.

b) o pangermanismo, ou nacionalismo germânico.

c) o liberalismo clássico.

d) o pan-eslavismo, ou nacionalismo eslavo.

e) o anarquismo niilista.

Exercício 2

2) (UECE - modificada) A Primeira Guerra Mundial foi uma das mais sangrentas e dispendiosas guerras do mundo contemporâneo. Sabe-se que não foram, apenas, dois tiros de pistola, um único ato – o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua mulher, Sofia –, o que assinalou o conflito. Inúmeros outros fatores contribuíram para essa guerra. Como fatores que contribuíram para a Primeira Guerra Mundial foram listados os seguintes:

I. Desde o século XIX, os povos dominados por outros países desenvolveram sentimentos nacionalistas. Alguns se agruparam em alianças militares e disputaram a posse das colônias e de outras terras.

II. A intensa rivalidade entre a Alemanha e a Áustria-Hungria, na disputa por mercados consumidores para a venda de seus produtos industriais e a aquisição de matérias-primas, acirrou-se, tomando proporções mundiais.

III. Uma combinação de interesses geopolíticos e uma dose de anarquia internacional resultaram na combinação de competições econômicas, chauvinismos nacionais e rivalidades imperialistas. Entretanto, é correto afirmar que:

a) Apenas o I contribuiu.

b) Apenas II contribuiu.

c) Apenas o II e o III contribuíram.

d) Apenas o I e o II contribuíram.

e) Apenas o I e o III contribuíram.