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Localizada na entrada da Baía da Mesa, na África do Sul, a Ilha Robben possui 5,4 km de comprimento e 2,5 km de largura. Foi descoberta por Bartolomeu Dias em 1488 e serviu durante anos como posto de reabastecimento para portugueses, ingleses e holandeses.
Em 1591 foi ocupada pelos Khoikhoi que tentaram atacar os europeus e derrotados, foram deixados prisioneiros da ilha. Em 1652, a ilha foi colonizada pelos holandeses que, contruiram, caçaram e comercializavam produtos entre eles e entre os nativos. Em 1658, chega a ilha o primeiro prisioneiro político, Autshumato.
Em 1795, a ilha foi atacada pelo Império Britânico, que declarava a África do Sul como sua propriedade. Usaram a ilha para aprisionar desertores, assassinos, ladrões e políticos. Com o passar do tempo, a ilha também abrigou doentes mentais, leprosos, desabrigados, prostitutas com DSTs, alcoólicos, lunáticos e até idosos.
Em 1930, a ilha passou a ser base militar, então os doentes foram mandados para hospitais e os edifícios onde moravam principalmente os leprosos foram queimados a fim de evitar epidemias. A ilha passou a ser oficina de desenvolvimento de armas modernas.
Em 1961, o Partido Nacional tomou o poder e a ilha voltou a aprisionar políticos. Era uma prisão de segurança máxima onde Nelson Mandela, o principal representante do movimento anti-apartheid ficou detido de agosto de 1962 à fevereiro de 1990.
Em 1990, a prisão se tornou comum e não mais de segurança máxima, após alguns anos a prisão foi fechada. Em 1997, um ano após o fechamento da prisão, a ilha foi declarada Monumento Nacional e a prisão passou a ser museu. Em 1999, a ilha tornou-se oficialmente Patrimônio da Humanidade.
Por Gabriela Cabral