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Guerras Médicas

O conflito entre gregos e persas.
O conflito entre gregos e persas.
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No decorrer da formação de seu amplo império, os persas tiveram sob o seu domínio um grande conjunto de territórios politicamente e economicamente subjugados aos seus interesses. O antigo Império Persa detinha territórios que envolviam regiões que iam desde a Península Balcânica até o atual Afeganistão. Foi nesse momento que algumas cidades gregas dominadas pela hegemonia persa resolveram mobilizar-se contra a grande potência oriental.

Os jônios (povos gregos do litoral da Ásia Menor), contando com o apoio militar das cidades-Estado da Eritréia e de Atenas, realizaram um ataque, por volta de 497 a.C., que culminou na destruição da cidade persa de Sárdis. Na época, o rei persa Dario I iniciou uma batalha contra a civilização grega espalhada ao longo da Península Balcânica a partir da repressão contra os jônios na Batalha de Lade, em 494 a.C..

Tempos depois, os exércitos persas se encarregaram de controlar a Trácia e a Macedônia para posteriormente cruzar o mar Egeu em busca da total dominação do mundo grego. Em sua primeira investida, os persas almejaram liquidar Atenas e Eritréia. Após subjugarem a Eritréia, os exércitos de Dario I partiram rumo à Atenas. Mesmo contando com um exército avantajado, os persas foram derrotados pelos atenienses que se valeram do conhecimento geográfico que tinham da planície de Maratona, local onde foram deflagrados os conflitos.

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Precavendo-se de uma futura revanche, o político e general ateniense Temístocles buscou o reforço das defesas marítimas da região com a construção de 180 tirremes. Tempos depois, com a ascensão de Xerxes, o império persa preparou um estrondoso exército de mais de 200 mil homens. Em sua primeira investida o exército persa enfrentou 6 mil homens comandados pelo rei espartano Leônidas. Antevendo a resistência na Batalha de Termópilas, o exército persa contou com a traição de um morador local que indicou outra entrada pela trilha de Amôpaia.

Essa trilha podia garantir uma vitória dos persas. Foi nesse momento que o lendário destacamento reunindo Leônidas e seus trezentos melhores soldados dirigiram-se contra os persas. Nesse meio tempo, a população ateniense deslocou-se para a Ilha de Salamina. Depois de vencerem a resistência espartana, os persas encontraram a cidade-Estado de Atenas completamente abandonada. Após incendiar Atenas, os persas foram em busca dos fugitivos atenienses. Contando com as dificuldades para atravessar o canal de Salamina, as ágeis tirremes gregas conseguiram abater as grandes embarcações persas.

Com o fim das batalhas em território europeu, os gregos venceram os persas na Batalha de Micale, reconquistando a costa da Ásia menor e os estreitos entre o mar Egeu e Negro. Mesmo impondo a derrota aos persas, diversas cidades-Estado gregas uniram-se em torno de uma liga político-militar capitaneada por Atenas. Conhecida como Confederação de Delos, essa nova instituição grega formou um fundo bélico e monetário destinado a barrar um futuro contra-ataque persa.

Dispondo dos recursos da Confederação, exércitos gregos foram incumbidos de reconquistar cidades gregas espalhadas pela Ásia Menor. Sob o comando do general grego Címon, os persas foram finalmente derrotados em 468 a.C.. Sem mais poder reagir, os persas acabaram assinando o Tratado de Susa onde se comprometiam a não mais empreenderem ataques contra os gregos.

Com o fim dos conflitos, a Confederação de Delos permaneceu ativa e sob o controle de Atenas. Dispondo de seus recursos, os atenienses tomaram como objetivo a dominação política sob as demais cidades-Estado da confederação. Foi o início do chamado imperialismo ateniense.
Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

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SOUSA, Rainer Gonçalves. "Guerras Médicas"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerras-medicas.htm. Acesso em 03 de dezembro de 2024.