PUBLICIDADE
O carvão mineral é uma das principais fontes energéticas da atualidade. Esse combustível é formado através do soterramento de troncos, raízes, galhos e folhas de árvores, em condições com pouco oxigênio, pressão da terra e altas temperaturas. A transformação química da matéria orgânica em uma massa negra homogênea (jazida de carvão mineral) leva milhões de anos.
Principal combustível durante o século XVIII, o carvão mineral impulsionou a Primeira Revolução Industrial, sendo muito empregado nas máquinas a vapor. Porém, atualmente, sua utilização é mais comum na geração de eletricidade.
Os avanços tecnológicos proporcionaram o desenvolvimento de outros combustíveis por meio da transformação do carvão mineral. Um desses novos produtos é o CTL (Coal-to-Liquids), que é um líquido produzido através do processo denominado Fischer-Tropsch, que consiste em uma reação em que o carvão é gaseificado e, em seguida, através de um catalizador, o monóxido de carbono e o hidrogênio são convertidos em hidrocarbonetos líquidos.
A liquefação do carvão mineral origina um combustível extremamente energético, podendo ser produzido diesel, lubrificantes, parafinas e nafta petroquímica. Algumas dessas substâncias podem ser utilizadas em automóveis, desde que adaptados para receber tal combustível.
A combustão do CTL é 30% menos poluente se comparada à gasolina, contribuindo para a redução na emissão de gases de efeito estufa. Outro aspecto positivo se refere à facilidade de armazenamento e transporte do combustível. Contudo, o processo de transformação do carvão em líquido é muito caro, tornando-se inviável para vários países.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia