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É interessante observar a capacidade humana de reconhecer profundidade ou de fazer um julgamento inicial em relação à distância na qual um objeto se encontra. Mesmo que a imagem projetada na retina de nossos olhos seja plana, conseguimos enxergar em três dimensões (profundidade, altura e largura). Analisando a figura acima podemos dizer que uma imagem plana não fornece informação em três dimensões de forma correta. A figura desenhada por Escher mostra uma situação 3D colocada em uma tela plana. Esta imagem confunde nosso cérebro.
Tentando entender a imagem que é recebida pelos dois olhos, o nosso cérebro é o responsável por fornecer a sensação de profundidade que temos. Dessa forma, podemos dizer que cada olho observa uma cena de um ponto de vista ligeiramente diferente, e envia esta informação para o cérebro. O cérebro por si só forma a imagem tridimensional das duas imagens enviadas pelos olhos.
Esse fato é usado para se fazer uma fotografia tridimensional, em que são feitas duas fotos de uma cena de duas posições diferentes. Se olharmos cada uma das fotos com um olho diferente, teremos a sensação de estar vendo uma cena tridimensional. Além disso, diversos outros elementos contribuem para nossa percepção tridimensional.
Assim, a movimentação aparente de um objeto em relação a outro, quando a cabeça se movimenta, o tamanho relativo dos objetos e o nosso conhecimento prévio do meio que nos cerca são informações que usamos para “montar” a visão 3D.
A visão que vemos nas telas dos monitores de computador e nas telas de televisão não é uma visão tridimensional, pelo fato de a imagem ser projetada em uma tela plana. Nessas situações, somente o tamanho dos objetos e seu movimento relativo nos dão a ideia de profundidade.
Por Domiciano Marques
Graduado em Física
Equipe Brasil Escola