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RESULTADOS E DISCUSSÃO
O acompanhamento do desenvolvimento do projeto será feito por uma equipe multidisciplinar no que se refere às competências técnicas de cada especialidade; técnica, gerencial e pedagógica. A tutoria terá um papel fundamental a partir de sua moderação nas articulações que devem ser feitas com os encaminhamentos direcionados aos seus respectivos responsáveis, ou seja, será o elo com a equipe de implementação do projeto e o cursista.
O acompanhamento deve assegurar a continuidade do processo a fim de que ele não se limite apenas ao levantamento de informações. Assim, se manterá o caráter analítico e construtivo da avaliação. Segue alguns elementos que constituirão o acompanhamento do projeto: equipe multidisciplinar, produção de relatórios, acessória técnica, avaliação continuada, reuniões e ferramentas de comunicação.
Entende-se que avaliar é ato de acompanhar a construção do conhecimento, em que deve assumir traços do real, num espaço global. Um processo com caráter sistêmico, pensado cientificamente a partir da formação de uma teia de comunicação clara e multidimensional, levantando e analisando indicadores que garantam a autonomia do público-alvo de forma que atenda a individualidade e a coletividade em uma sociedade contemporânea.
Os princípios que deverão nortear a avaliação de nossa proposta de uma formação continuada com educadores (as) na modalidade de EAD no cenário educacional acerca das questões ambientais devem surgir numa perspectiva transformadora.
Os critérios utilizados na constituição das ações para uma avaliação mais ampla, tanto no seu campo de ação, como nos objetivos, centrada em processos, relações, decisões e resultados são: a visão de totalidade e a participação coletiva.
Todo processo avaliativo requer atenção aos limites identificados quer num diagnóstico prévio, logo tentado superar e ousar ao que se refere seus desafios e potencialidades almejadas percebemos a importância da totalidade em todo percurso avaliativo, pois a particularidade no sentido da dissociação dos momentos de aprendizagem e avaliação provocam uma instabilidade.
Devemos ter uma visão holística da avaliação formativa (contínua e processual), pensando em uma avaliação dinâmica, ou seja, em movimento que permei todo espaço de formação. Portanto, vale ressaltar a importância de uma auto-avaliação como estratégia permanente em todo processo avaliativo.
Na implementação do AVA devemos considerar os seguintes indicadores:
- Mediações no espaço de formação a partir da construção de uma comunidade virtual de conhecimentos acerca da problemática ambiental.
- Contextualização a realidade dos envolvidos no que se refere à proposta pedagógica do cenário educacional do município.
- Promoção de debates a partir das ferramentas mediáticas (assíncronas e síncronas), fazendo apropriação de fundamentação teórica disponibilizada no ambiente de aprendizagem.
- Utilização dos momentos presenciais para estruturar propostas pedagógicas que fomentem em um projeto de intervenção o qual será executado.
- Relações a partir de critérios de convivência e conduta em nossa comunidade virtual.
- Feedback pela tutoria, através de sínteses direcionadas, considerando a autonomia do conhecimento como fundamental em todo processo.
O projeto deve produzir ganhos pedagógicos, tecnológicos, ambientais, formativos e sociais:
- Pedagógicos: fortalecer nossa prática pedagógica a partir de ações multidisciplinares, fazendo apropriação da transversalidade e interdisciplinaridade de forma eficiente na formação de nosso alunado, ou melhor, comunidade escolar, aflorando uma postura crítica-reflexiva em sua atuação, norteada por uma proposta de ensino-aprendizagem por competências.
- Tecnológicas: viabilizar a partir de ferramentas tecnológicas: mídia impressa, mídia sonora, mídia áudio-visual e cibercultura meios que proporcionem ao cenário de formação, pela modalidade EAD, um espaço de interação que possa estreitar parcerias em todo processo desde a elaboração e controle da implementação de uma AVA via parceria: Secretaria de Educação, Secretaria de Tecnologia e Secretaria do Meio Ambiente, na qual estabeleça comunicação em todo processo de gerimento da formação.
- Ambientais: sensibilizar as comunidades envolvidas em assumir uma postura protagonizadora no que se refere ao espaço e ao tempo que se encontram, assumindo o compromisso de resignificar nossas ações diante das questões anunciadas, saúde do planeta, a partir de uma visão holística, norteada por intervenções construídas no processo de implementação de nosso objeto de estudo.
- Formativos: multiplicar os conhecimentos adquiridos, de forma que sejam potencializadas competências que possam intervir em nosso meio, ações que venham colaborar na implementação de práticas ambientais, construídas por valores de cultura de paz.
- Sociais: estreitar laços democráticos a partir do gerimento de uma gestão comprometida com a solidariedade, via educação, fortalecendo parcerias com as comunidades envolvidas, que possam conduzir ações por uma cultura de paz e pela qualidade de vida em nosso planeta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A apropriação das tecnologias de informação e comunicação, no espaço educacional faz resignificar o conceito de conhecimento. É através das ferramentas tecnológicas, a partir de mediações atuantes que as potencialidades se afloram, o tempo e espaço, já não são mais problemas, proporcionando uma educação sem distância, sem tempo, levando o sistema educacional assumir um papel, não só de formação de cidadãos pertencentes aquele contexto, mas de formação inclusiva em uma sociedade de diferenças.
Não podemos em nenhum momento ignorar o óbvio, pois sabemos que a escola não educa sozinha. Se não existir um pacto social com as demais instituições sociais, inclusive a familiar, somadas às reformas necessárias ao seu desenvolvimento, não será possível formar um cidadão nos valores propostos pelos PCN’s, sobretudo em relação à transversalidade ambiental. Logo, sabe-se que a prática cotidiana de buscar novas abordagens através dessa maneira de se trabalhar as questões ambientais revelam um novo paradigma, não só no discurso, mas também na práxis reflexão-ação-reflexão da trajetória sócio-ambiental, o que poderia levar a uma modificação nesse quadro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1998. Barueri, SP: Manole, 2004.
[2] BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente e saúde. 3 ed. Brasília: MEC, v. 9, 1997.
[3] _____. Parâmetros curriculares nacionais: temas transversais. 3 ed. Brasília: MEC, 1998.
[4] CASTRO, Elsa M. N. V.de. Diálogo com a vida: uma educação consciente. In: MELLO FILHO, Luís E. de. Meio ambiente e Educação. Rio de Janeiro: Gryphius, 1999.
[5] LITWIN. E. Das tradições à virtualidade. In: Educação a Distância. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Por Rodiney Marcelo Braga dos Santos
Colunista do Brasil Escola
Licenciado em Matemática (UECE). Especialista em Educação a Distância (SENAC). Especialista em Engenharia de Sistemas (ESAB). Especialista em Gestão Escolar (UECE). Técnico em Microinformática (CEPEP). Docente na área Ciências Naturais Matemática e Suas Tecnologias.