Notificações
Você não tem notificações no momento.
Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Elementos essenciais no planejamento de programas em EAD

Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

De acordo com Corrêa e Ribeiro (2004), o planejamento e a avaliação em Educação a Distância - EAD surge numa nova perspectiva, onde o espaço e o tempo caracterizam-se por necessidades de reflexões e redirecionamentos de todo processo, assumindo caráter de redemocratização do ensino.

Ainda segundo as autoras, o planejamento enquanto articulador das ações no processo ensino-aprendizagem surge junto à avaliação, a qual problematizará as ações desenvolvidas pelos sujeitos envolvidos em todo processo, logo alguns elementos são necessários para construção de um fazer educação via modalidade à distância, tais como: a interação do sujeito com o conhecimento, a importância da proposta pedagógica, o acesso, os canais de interação, o tipo de inovação, os custos, o processo de avaliação e o processo ensino-aprendizagem.

Levamos em consideração na presente discussão, os elementos citados acima a partir da formação de um sujeito, enquanto eixo do processo, ou seja, a interação do sujeito com o conhecimento se dá a partir de uma proposta pedagógica contextualizada, a qual norteará nossa ação de planejar programas em EAD.

Na proposta pedagógica, interessante definirmos os referenciais de nossa ação para intervenções significativas ao público alvo, ou seja, levando em consideração a realidade dos sujeitos envolvidos, devemos ser flexíveis redefinindo nosso marco referencial (ideal), para em seguida diagnosticarmos (real) o contexto do grupo, o qual orientará a elaboração do planejamento de um programa de educação a distância de forma integrada.

O acesso aos meios disponibilizados no espaço de educação a distância deve ter como princípio à atuação efetiva do sujeito envolvido no processo de ensino-aprendizagem considerando os recursos tecnológicos utilizados como meio de formação para a construção do conhecimento de um sujeito social, comprometido com o processo, ou seja, protagonista de sua própria caminhada em busca da aprendizagem, dando significado ao conhecimento construído.

De acordo com Belloni (2001, p. 53)

‘Qualquer que seja a definição que utilizemos (e existem), um elemento essencial deve estar presente nesta análise das relações entre tecnologia e educação: a convicção de que o uso de uma “tecnologia” (no sentido de um artefato técnico), em situação de ensino e aprendizagem, deve estar acompanhado de uma reflexão sobre a “tecnologia” (no sentido do conhecimento embutido no artefato e em seu contexto de produção e utilização)’.

Os canais de interação, meios contextualizados, nortearão a aprendizagem, problematizando o conhecimento, ou melhor, o sujeito encontrará significado a partir da autonomia que será construída ao longo do processo.

Segundo Netto (2006, p. 67)

“É preciso que o professor entenda o que é educação a distância, indo além do nome, do conceito e percebendo a essência do trabalho mediado por tecnologias. É necessário que tenha claro que por trás do monitor e do teclado existe um ser humano e que existe a possibilidade de mudança de percepção de mundo e ampliação de horizontes”.

A inovação é um fator relevante na elaboração de um programa em EAD, portanto os custos são consideráveis na implementação de um planejamento para educação a distância, em que os recursos tecnológicos e os materiais didáticos surgem como mediadores da interação necessária para construção de uma comunidade de aprendizagem.

O processo de avaliação deve ter como princípio um aspecto somativo, o qual deve considerar desde a elaboração/execução/controle de todo o processo a participação ativa de todos envolvidos e estruturação de um programa de EAD. A concepção de avaliação norteará seu processo, no que se refere à tomada de decisões a partir das dimensões apresentadas no planejamento.

Portanto, devemos considerar os elementos anunciados de forma adequada no decorrer do processo de ensino-aprendizagem a distância, a partir de um planejamento consistente, como forma de fazer educação comprometida, os quais concebam ao sujeito significado e autonomia na construção do conhecimento.

Referências Bibliográficas

[1] BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2001.
[2] CORRÊA, J.; RIBEIRO, V. M. B. Competências, planejamento e avaliação. In: SENAC. Rio de Janeiro: SENAC. Versão 3.0. 2004.
[3] NETTO, Carla. Interatividade em ambientes virtuais de aprendizagem. In: FARIA, Elaine Turk. Educação presencial e virtual: espaços complementares essenciais na escola e na empresa. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Por Rodiney Marcelo Braga dos Santos
Colunista Brasil Escola
Licenciado em Matemática (UECE). Especialista em Educação a Distância (SENAC). Especialista em Engenharia de Sistemas (ESAB). Especialista em Gestão Escolar (UECE). Técnico em Microinformática (CEPEP). Docente na área Ciências Naturais Matemática e Suas Tecnologias.

Escritor do artigo
Escrito por: Brasil Escola Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ESCOLA, Brasil. "Elementos essenciais no planejamento de programas em EAD"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao/elementos-essenciais-no-planejamento-programas-ead.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

De estudante para estudante