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Se existe algum esporte em que o dinheiro alimenta a sua existência, esse esporte é o turfe. Não se trata de um esporte em que o dinheiro é necessário para comprar equipamentos e financiar altas premiações como a Fórmula 1, mas são as apostas que as pessoas fazem que movimentam a existência do próprio esporte.
A história do turfe remete à Inglaterra do século XVII. Afirma-se que foi nessa época que as corridas de cavalo começaram a surgir. E, com as corridas ganhando espaço, consequentemente os cavalos logo se tornaram alvo de atenção. Nesse sentido, os ingleses passaram a importar cavalos de outras partes do mundo, especialmente da África e do Oriente Médio, e estimularam o cruzamento de cavalos com biótipo propício para a corrida, resultando no famoso cavalo puro-sangue.
No Brasil a entrada da prática do turfe se deu no século XIX e teve grande popularidade até meados do século XX. Desde então, sua popularidade reduziu, mas esse esporte persiste e mantém a sua imagem de “esporte de elite”. Além disso, é interessante observar que o Brasil possui lei para regulamentar a prática do turfe, controlando desde a criação de cavalos até o recolhimento de apostas e exames antidoping em cavalos de corrida (Lei 7291/84).
As corridas em nosso país são organizadas por algumas importantes instituições voltadas ao turfe, como o Jockey Club de São Paulo, o Jockey Club Brasileiro (localizado no Rio de Janeiro) e o Jockey Club do Rio Grande do Sul (responsáveis por corridas em pistas ovaladas) e os de Sorocaba e de Carazinho, onde se disputam corridas em pistas retas. As pistas fechadas apresentam distância entre 1500 e 2000 metros e as pistas retas medem entre 300 e 500 metros.
Cada disputa entre cavalos é denominada de páreo e, portanto, uma reunião no Jóquei Clube é composta pela disputa de diversos páreos. É interessante notar que existem intervalos obrigatórios entre cada páreo. Isso se deve à importância das apostas: é nesse momento de intervalo que as pessoas efetivam as suas apostas para que, só depois, o páreo seja disputado.
Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP