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O Trichuris trichiura é o nematelminto causador da tricocefalíase. Essa doença não possui hospedeiros intermediários, se dá pela ingestão dos ovos deste animal, que se encontram, geralmente, no solo, na água e nos alimentos, são oriundos de fezes contaminadas.
No intestino, os ovos se desenvolvem e, em aproximadamente 90 dias, os vermes, já adultos, acasalam-se e dão origem a novos parasitas, diariamente. Estes se concentram, principalmente, no ceco, cólon e reto.
Na maioria dos casos, a presença destes vermes se dá de forma assintomática. Entretanto, quando a quantidade destes é excessiva, reações alérgicas, sangramento retal, diarreias, emagrecimento, insônia, irritabilidade, anemia, danos nos tecidos da região, dentre outros sintomas, podem ocorrer. De acordo com a carga parasitária, estes sintomas podem ser mais amenos ou mais graves.
O diagnóstico clínico é feito via exames de fezes, pelos métodos Lutz (Hoffman), Faust ou o de Kato-Katz. O tratamento envolve o uso de alopáticos, como o albendazol. Para acompanhamento, é necessário que se faça novamente estes exames 7, 14 e 21 dias após o término do uso dos medicamentos.
A tricocefalíase ocorre com mais frequência em regiões tropicais, em locais onde as condições sanitárias são regulares ou precárias. Estes parasitas podem contaminar porcos e macacos.
Medidas de higiene, como lavar as frutas e verduras antes de ingerir, lavar as mãos após ir ao banheiro, são as principais formas de evitar a presença desses parasitas. Saneamento básico e tratamento dos doentes são medidas que, a longo prazo, podem reduzir drasticamente o número de casos.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia