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Ratos podem causar em nossa espécie a febre da mordedura do rato: doença rara e fatal. Apesar do nome, o indivíduo pode também ser infectado ao ingerir alimentos que tiveram contato com a saliva do animal; ou quando colocam à boca mãos ou objetos contaminados com suas fezes ou urina.
Quando o sujeito, por exemplo, ingere leite contendo Streptobacillus moniliformis e apresenta sintomas, dizemos que são decorrentes da febre de Haverhill. Quando se trata de mordedura, chamamos de estreptobacilose. Essa última se caracteriza pela manifestação de febre, vômitos e dores musculares e articulares e, após poucos dias, erupções cutâneas nas mãos e nos pés.
Caso não seja tratado, o indivíduo pode desenvolver complicações, tais como endocardite, pneumonia, pericardia e infartos.
Já a espiroqueta Spirillum minus é capaz de desenvolver uma variedade dessa doença denominada sodoku, quando se é mordido por este roedor. Neste caso, após a cicatrização do local, a inflamação reaparece, aproximadamente dez dias depois, acompanhada de febre, mal-estar, dor e aparecimento de ínguas. Esses sintomas podem cessar por poucos dias e reaparecer novamente, caso o tratamento não seja feito.
Assim, indivíduos de áreas urbanas onde há pouca higiene; pessoas que possuem esses roedores como animais de estimação; pesquisadores que têm contato com esse tipo de cobaia e alguns biólogos de campo, estão sujeitos, caso não tomem os devidos cuidados; que consistem no uso de luvas, lavar as mãos constantemente e evitar colocá-las na boca quando estiver próximo dos animais.
Em caso de mordedura, a ferida deve ser lavada com água e sabão, sendo imprescindível o atendimento médico. O profissional poderá analisar a necessidade de o paciente ser vacinado contra raiva e tétano.
Para diagnóstico, a análise de amostras de sangue é necessária, a fim de identificar as bactérias no material ou utilizá-lo para cultivo em culturas.
Para tratamento, a penicilina é indicada; entretanto, em casos de alergia, essa pode ser substituída por eritromicina, no caso de febre causada pela Streptobacillus moniliformis, ou tetraciclina para a sodoku.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia