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Disenterias bacterianas são causadas, geralmente, pela ingestão de determinadas bactérias juntamente com a água ou alimento. Ocorrem mais frequentemente no outono e têm quadros de diarreias como principal característica, que, geralmente sucessivas, manifestam-se com ou sem muco, dependendo do agente etiológico. Febre, mal-estar e desconforto abdominal estão geralmente associados, além de episódios de vômitos - principalmente em intoxicações alimentares.
Salmoneloses, causada pela Salmonella typhi ou Salmonella paratyphi; shigeloses do tipo A, B, C e D, causadas pela Shigella dysenteriae, Shigella flexneri, Shigella boydii e Shigella sonnei, respectivamente; infecções por Escherichia coli enteropatogênicas, enterotoxigênicas, enteroinvasivas e entero-hemorrágicas, e pelo Vibrio cholerae; enterites causadas por bactérias do gênero Campylobacter e por Yersinia enterocolitica; enterocolite por Clostridium difficile e intoxicações alimentares estafilocócicas e as causadas em virtude da presença de Clostridium perfringens, Vibrio parahemolyticus e Bacillus cereus, são alguns exemplos de disenterias causadas por este tipo de organismo.
Ocorre, principalmente, em locais onde não há tratamento de água e esgoto adequado e em situações onde a higiene pessoal deixa a desejar. Sobre isso, o simples ato de lavar as mãos frequentemente, além das frutas e legumes antes do consumo, reduz consideravelmente as chances de se adquirir uma disenteria bacteriana e outras doenças microbianas. Tais alimentos citados devem ficar imersos em água sanitária diluída por cerca de meia hora.
Geralmente as bactérias se alojam no intestino, algumas liberando toxinas. Os sintomas podem surgir em tempo variável, mas geralmente não ultrapassam uma semana após o contato. Em razão da perda excessiva de água e sais minerais, o indivíduo pode ter desidratação e ir a óbito caso não seja tratado.
A ingestão de água, sucos de frutas não laxativas e chás de ervas claras - sem açúcar – podem evitá-la. Crianças e idosos estão mais suscetíveis a essa consequência e, por tal motivo, devem buscar ajuda médica imediatamente. Adultos, caso não se curem em um prazo de dois dias, também devem recorrer a esse auxílio.
A construção de fossas sépticas, a fim de tratar biologicamente o esgoto doméstico em locais onde não há estação de tratamento de esgoto, e filtrar ou ferver a água de torneira ou de poço antes de ingeri-la são medidas importantes.
No caso de intoxicações alimentares, devem ser evitados alimentos cuja procedência é duvidosa. Em restaurantes, não ingerir saladas nem carnes cruas (nem malpassadas), ovos e tampouco maionese.
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia