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Bacteriologista alemão nascido em Clausthal, hoje Clausthal-Zellerfeld, Alemanha, um dos maiores bacteriologistas de todos os tempos e famoso por ser o descobridor do bacilo da tuberculose, do vibrião do cólera e da origem da doença do sono, o que lhe valeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina (1905). Entrou para a Universidade de Göttingen (1862), onde ele estudou botânica, física e matemática e onde iniciou sua vitoriosa carreira em bacteriologia, isolando várias bactérias causadoras de doenças e seus vetores animais, incluindo a tuberculose, formando-se em medicina (1866).
Após um breve período no Hospital Geral de Hamburgo e em um instituto para crianças retardadas, trabalhou como médico rural e, durante a guerra franco-prussiana, foi cirurgião. Passou a se dedicar a pesquisas particulares, inicialmente em arqueologia e antropologia e, na medicina, no campo de doenças causadas por envenenamentos, a partir de onde entrou para o campo da emergente bacteriologia (anos 1870), influenciado pelas conclusões dos pesquisadores Friedrich Henle e Casimir Davaine tinham descoberto (anos 1840) que algumas doenças eram provocadas por organismos microscópicos.
Primeiro descobriu o bacilo do antraz ou carbúnculo, o Bacillus anthracis, demonstrou a formação de esporos nos seus bacilos e inventou um método de cultivo e isolamento de bactérias (1876). Dois anos depois (1878) o iodo começou a ser usado como anti-séptico. Após completar um importante trabalho em bacteriologia de feridas infeccionadas, foi nomeado pelo governo conselheiro do Departamento Imperial de Saúde, em Berlim (1880), onde passou a desenvolver suas pesquisas pelo resto de sua carreira. Publicou, então, seus estudos sobre a tuberculose (1881) e logo depois anunciou o isolamento do bacilo causador da doença (1882), que passou a ser chamado bacilo de Koch.
A seguir (1883) esteve em missão oficial no Egito e Índia, a fim de estudar a etiologia da cólera, conseguindo no ano seguinte provar que o agente da moléstia era o Vibrio comma. A Universidade de Berlim, criou a cátedra de Higiene (1885) para ele e lá se criou o Instituto de Doenças Infecciosas (1891), especialmente dedicado à pesquisas sobre tuberculose, lepra, cólera, malária e das bactérias anaeróbias.
Na década seguinte, o cientista dedicou-se a pesquisar várias doenças humanas e animais, como a hanseníase, a peste bovina, a peste bubônica e a malária e morreu em Baden-Baden, Alemanha. Na época, desconhecia-se o mecanismo de contágio da malária, mas ele estava quase convencido de que o mosquito era o agente transmissor da doença. Considerado, junto com Pasteur, o criador da Bacteriologia Médica, deve-se a este cientista às principais técnicas dos estudos da bacteriologia, formando, na sua época, uma geração de pesquisadores, entre os quais Paul Ehrlich, que descobriu o primeiro remédio contra a sífilis.