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A Copa da desigualdade

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A Copa do Mundo de Futebol é o torneio mais importante dessa modalidade esportiva, sendo realizado a cada quatro anos. Na edição de 2010 um país do continente africano sediará pela primeira vez a competição – África do Sul.

Como o próprio nome diz (copa do mundo), esse evento envolve equipes de vários continentes. São 32 seleções de futebol em busca do título de campeã mundial. Os países classificados para a competição são:

África: África do Sul, Argélia, Camarões, Costa do Marfim, Gana e Nigéria.

América:
América do Norte: Estados Unidos e México.
América Central: Honduras.
América do Sul: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.

Ásia: Coreia do Norte, Coreia do Sul e Japão.

Europa: Alemanha, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Inglaterra, Itália, Portugal, Sérvia e Suíça.

Oceania: Austrália e Nova Zelândia.

A Europa é o continente com o maior número de representantes (13), além de possuir a maioria dos favoritos para vencer a competição (Alemanha, Espanha, França, Holanda, Inglaterra e Itália). Porém, as diferenças técnicas entre as equipes são muito pequenas se comparadas com as diferenças dos padrões socioeconômicos entre os países.

Imagem de mulheres segurando a bandeira da Austrália.
Torcedoras da Austrália

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador da qualidade de vida da população de um determinado local e a discrepância das médias entre os países participantes da copa são alarmantes. A Austrália, por exemplo, possui IDH de 0,937; a Costa do Marfim, por sua vez, apresenta média de 0,397.

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A maioria dos países europeus que participarão da competição não possuem habitantes analfabetos. Aproximadamente 52% da população da Costa do Marfim são atingidas pelo analfabetismo. No Brasil, essa média é de 10%.

A taxa de mortalidade infantil no Japão é de apenas 3 óbitos a cada mil nascidos vivos; no Paraguai, são 31 mortos a cada mil nascidos vivos e em Camarões essa taxa é elevadíssima: 85.

Aglomeração de torcedores da Costa do Marfim e policiais em formação ostensiva, dentro de um estádio de futebol.
Torcedores da Costa do Marfim

O fato é que em campo, onde 11 atletas representam cada seleção, essas diferenças socioeconômicas não interferem nos resultados das partidas, visto que sempre se destaca uma seleção africana, e países com altos padrões sociais não possuem representatividade no mundo futebolístico, como, por exemplo, a Austrália, detentora do melhor IDH entre os países participantes da Copa do Mundo de Futebol. Porém, essas disparidades sociais e econômicas refletem na qualidade de vida desses habitantes, sendo necessária uma melhor distribuição das riquezas para que sejam proporcionadas melhores condições de vida para toda a humanidade.

Já o Brasil, um país em processo de desenvolvimento, sendo considerada uma nação emergente, é o maior vencedor do torneio (cinco vezes). Torcemos para que a seleção canarinho possa ser novamente campeã e que continue apresentando melhoras nos seus indicadores socioeconômicos.

Escritor do artigo
Escrito por: Wagner de Cerqueira e Francisco Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "A Copa da desigualdade"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/africa-do-sul/a-copa-desigualdade.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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