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Murilo Rubião

Murilo Rubião é um escritor mineiro conhecido pela sua produção literária no campo do realismo fantástico. É considerado precursor desse gênero no Brasil.

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Murilo Rubião nasceu em 01 de junho de 1916 e morreu em 16 de setembro de 1991. Sua obra mais conhecida e comentada é o seu primeiro livro de contos fantásticos, intitulado O ex-mágico, de 1947. Além de escritor, ele foi professor, redator, diretor da rádio Inconfidência de Minas Gerais e chefe de gabinete do governador Juscelino Kubitschek (1902-1976).

O escritor está inserido na terceira geração modernista (ou Pós-modernismo). Apontado pela crítica como o precursor do realismo fantástico no Brasil, seus contos apresentam situações e personagens inseridos em um contexto mágico, maravilhoso ou extraordinário. Assim, sua primeira obra foi recebida com estranheza pelos leitores e pela crítica, mas o autor sabia e, por isso, declarou que “a glória, a consagração imediata, jamais levou a uma consciência clássica da obra literária”.

Leia também: Clarice Lispector – autora de importantes crônicas e contos da literatura brasileira

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Biografia de Murilo Rubião

Obra completa de Murilo Rubião (na foto de capa), publicada pela editora Companhia das Letras. [1]
Obra completa de Murilo Rubião (na foto de capa), publicada pela editora Companhia das Letras. [1]

O escritor mineiro Murilo Rubião nasceu em 01 de junho de 1916. Em 1940, teve seu primeiro conto publicado — Elvira, outros mistérios na revista Mensagem. Seu primeiro livro de contos foi publicado em 1947 — O ex-mágico. Paralelamente à sua carreira de escritor, ele exerceu também outras atividades:

  • Vice-presidente e presidente do Diretório dos Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
  • Um dos fundadores da revista Tentativa;
  • Presidente interino da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais;
  • Redator e diretor interino da Folha de Minas;
  • Redator da revista Belo Horizonte;
  • Diretor da Associação dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais;
  • Diretor da rádio Inconfidência de Minas Gerais;
  • Presidente da Associação Brasileira de Escritores em Minas Gerais;
  • Oficial e chefe de gabinete do governador Juscelino Kubitschek;
  • Diretor da Imprensa Oficial;
  • Chefe do Escritório de Propaganda e Expansão Comercial do Brasil em Madrid;
  • Secretário do suplemento literário do jornal Minas Gerais;
  • Diretor da Escola de Belas Artes e Artes Gráficas de Belo Horizonte, a Escola Guignard;
  • Presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto;
  • Presidente da Fundação Madrigal Renascentista;
  • Presidente do Conselho Estadual de Cultura de Minas Gerais.

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Em setembro de 1949, o autor fez este irônico autorretrato:

“Comecei a ganhar a vida cedo. Trabalhei em uma baleira, vendi livros científicos, fui professor, jornalista, diretor de jornal e de uma estação de rádio. Hoje sou funcionário público.
Celibatário e sem crença religiosa. Duas graves lacunas do meu caráter. Alimento, contudo, sólida esperança de me converter ao catolicismo antes que a morte chegue.
Muito poderia contar das minhas preferências, da minha solidão, do meu sincero apreço pela espécie humana, da minha persistência em usar pouco cabelo e excessivos bigodes. Mas, o meu maior tédio é ainda falar sobre a minha própria pessoa.”

Murilo Rubião recebeu, em vida, as seguintes homenagens:

  • Prêmio Othon Lynch Bezerra de Melo (1948);
  • Comenda Isabela, a Católica (1960) — Espanha;
  • Prêmio Luísa Cláudio de Souza (1975);
  • Medalha da Ordem do Mérito Legislativo (1983);
  • Medalha de Honra da Inconfidência (1983);
  • Personalidade Cultural do Ano (1986).

O escritor, que morreu em 16 de setembro de 1991, teve, portanto, uma vida marcada pelo seu envolvimento na política, arte e cultura mineiras, além, é claro, da produção de contos de cunho fantástico, uma literatura única no Brasil de seu tempo.

Leia também: Mário de Andrade – grande nome da primeira fase do modernismo brasileiro

Principais obras de Murilo Rubião

Murilo Rubião publicou os seguintes livros de contos:

  • O ex-mágico (1947);
  • A estrela vermelha (1953);
  • Os dragões e outros contos (1965);
  • O pirotécnico Zacarias (1974);
  • O convidado (1974);
  • A casa do girassol vermelho (1978);
  • O homem do boné cinzento e outras histórias (1990).

→ “O ex-mágico da Taberna Minhota”

O primeiro livro do escritor foi recebido sem muito alarde e com estranheza pelos leitores e pela crítica. Sua importância deve-se, principalmente, ao fato de apresentar um autor brasileiro primordialmente comprometido com o conto fantástico, como o que dá título à obra: “O ex-mágico da Taberna Minhota”.

Nesse conto, o narrador é um ex-mágico que, no tempo da narração, trabalha como funcionário público. Em sua narrativa, ele apresenta o primeiro elemento fantástico da obra:

“Um dia dei com os meus cabelos ligeiramente grisalhos, no espelho da Taberna Minhota. A descoberta não me espantou e tampouco me surpreendi ao retirar do bolso o dono do restaurante. Ele sim, perplexo, me perguntou como podia ter feito aquilo”.

O narrador passa, então, a trabalhar na Taberna Minhota como mágico, mas esse emprego tem curta duração:

“O homem, entretanto, não gostou da minha prática de oferecer aos espectadores almoços gratuitos, que eu extraía misteriosamente de dentro do paletó. Considerando não ser dos melhores negócios aumentar o número de fregueses sem o consequente acréscimo nos lucros, apresentou-me ao empresário do Circo-Parque Andaluz, que, posto a par das minhas habilidades, propôs contratar-me. Antes, porém, aconselhou-o que se prevenisse contra os meus truques, pois ninguém estranharia se me ocorresse a ideia de distribuir ingressos graciosos para os espetáculos.”

O mágico experimenta o gosto do sucesso:

“A plateia, em geral, me recebia com frieza, talvez por não me exibir de casaca e cartola. Mas quando, sem querer, começava a extrair do chapéu coelhos, cobras, lagartos, os assistentes vibravam. Sobretudo no último número, em que eu fazia surgir, por entre os dedos, um jacaré. Em seguida, comprimindo o animal pelas extremidades, transformava-o numa sanfona. E encerrava o espetáculo tocando o Hino Nacional da Cochinchina. Os aplausos estrugiam de todos os lados, sob o meu olhar distante.”

O protagonista mostra-se um homem melancólico e entediado, pois não teve nascimento nem passado. Além disso, suas magias são involuntárias, ele não tem controle sobre elas:

“Se, distraído, abria as mãos, delas escorregavam esquisitos objetos. A ponto de me surpreender, certa vez, puxando da manga da camisa uma figura, depois outra. Por fim, estava rodeado de figuras estranhas, sem saber que destino lhes dar”.

Ser mágico, para o narrador, é uma condição, não uma escolha. Os elementos fantásticos, então, estão presentes em todo o conto, a partir dos fenômenos involuntários que rodeiam o protagonista:

“Também, à noite, em meio a um sono tranquilo, costumava acordar sobressaltado: era um pássaro ruidoso que batera as asas ao sair do meu ouvido.

Numa dessas vezes, irritado, disposto a nunca mais fazer mágicas, mutilei as mãos. Não adiantou. Ao primeiro movimento que fiz, elas reapareceram novas e perfeitas nas pontas dos tocos de braço. Acontecimento de desesperar qualquer pessoa, principalmente um mágico enfastiado do ofício.”

Ele tenta se matar, mas a magia o impede, até que:

“Uma frase que escutara por acaso, na rua, trouxe-me nova esperança de romper em definitivo com a vida. Ouvira de um homem triste que ser funcionário público era suicidar-se aos poucos.

Não me encontrava em condições de determinar qual a forma de suicídio que melhor me convinha: se lenta ou rápida. Por isso empreguei-me numa Secretaria de Estado.”

Em vez da morte, no entanto, o narrador depara-se com um sofrimento ainda maior:

“1930, ano amargo. Foi mais longo que os posteriores à primeira manifestação que tive da minha existência, ante o espelho da Taberna Minhota.

Não morri, conforme esperava. Maiores foram as minhas aflições, maior o meu desconsolo.

Quando era mágico, pouco lidava com os homens — o palco me distanciava deles. Agora, obrigado a constante contato com meus semelhantes, necessitava compreendê-los, disfarçar a náusea que me causavam.”

Do início do conto até o trabalho como funcionário público, o narrador tem apenas três anos de vida, já que ela começou na Taberna Minhota, quando ele se viu no espelho. Por isso, o protagonista vive atormentado por não ter recordações. Para completar seu sofrimento, ele corre o risco de perder o emprego. Mas quando tenta fazer uma mágica para não ser demitido, descobre que ela não existe mais: “Tive que confessar minha derrota. Confiara demais na faculdade de fazer mágicas e ela fora anulada pela burocracia”.

Agora sua infelicidade é causada pelo motivo oposto, ou seja, não ser mais mágico:

“Hoje, sem os antigos e miraculosos dons de mago, não consigo abandonar a pior das ocupações humanas. Falta-me o amor da companheira de trabalho, a presença de amigos, o que me obriga a andar por lugares solitários. Sou visto muitas vezes procurando retirar com os dedos, do interior da roupa, qualquer coisa que ninguém enxerga, por mais que atente a vista.”

É curioso notar que o protagonista vem do nada; porém, cria o seu mundo ao se olhar no espelho e tirar o dono do restaurante do bolso, o que leva ao desenvolvimento do enredo. Também se mostra dono do seu destino ao optar pela vida monótona de funcionário público, quando perde a capacidade de fazer mágica, talvez por se mostrar indigno dela.

Dessa maneira, com muita ironia, o narrador apresenta dois mundos opostos; no entanto, o único em que tem poder de escolha é o mundo dito real, monótono e cotidiano. Além disso, o protagonista carrega consigo a insatisfação inerente à espécie humana, o vazio existencial tão associado à pós-modernidade.

Ele é insatisfeito como mágico e também como funcionário público, e só passa a valorizar a magia quando a perde definitivamente – algo também típico da espécie humana, que só aprecia aquilo que não pode ter. Ser artista, enfim, é uma condição. Escolher ser um homem comum representa a sentença de morte para a arte, que, em sua essência, é fantástica.

Leia também: Sagarana – coletânea de contos de Guimarães Rosa

Características literárias de Murilo Rubião

As obras do escritor Murilo Rubião, pela época de sua produção e características, estão situadas dentro do que se convencionou chamar de terceira geração modernista ou, para alguns estudiosos, Pós-modernismo. Portanto, apresentam as seguintes características:

  • Realismo fantástico: presença de elementos mágicos ou extraordinários;
  • Não convencionalismo: liberdade na estruturação do texto em prosa;
  • Prosa intimista: fluxos de consciência;
  • Abandono da temática social como norteadora do enredo;
  • Nonsense: falta de sentido aparente.

As obras de Murilo Rubião são comumente associadas ao surrealismo, mas o rótulo da crítica que sobressai é o de realismo fantástico, característica que independe do estilo de época, já que autores como Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), em A luneta mágica (1869), ou Machado de Assis (1839-1908), em Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), por exemplo, utilizaram esse recurso. Portanto, o que diferencia Murilo Rubião dos outros é que o fantástico, em suas obras, é recorrente e essencial, não apenas um fato acessório; enfim, o nonsense se destaca em detrimento do sentido racional.

Veja também: Dadaísmo – vanguarda modernista que pregava a ruptura da arte convencional

Críticas sobre a obra de Murilo Rubião

Sérgio Milliet (1898-1966), no Estado de São Paulo, em 1947, fala do estranhamento que a primeira obra de Murilo Rubião provoca:

“Gostaria que o sr. Murilo Rubião tivesse dado a seu livro de contos um título um pouquinho diferente. Não o “Ex-mágico”, mas “O mágico”, pois sua prosa é bem a de um desses sujeitos que moem o relógio do espectador dentro de um copo e, quando descobrem o recipiente, sai dele um pombo-correio com a carta da bem-amada no bico. Acontece que o espectador não sabe que fazer da carta, não entende e exige, prosaicamente, de volta o seu relógio...”

Alexandre Eulalio (1932-1988), no jornal O Globo, em 1965, diz que a obra do autor é pós-modernista:

“Clássico da ficção pós-modernista, “Os dragões e outros contos” de Murilo Rubião reúne, em roupa nova, [...], os dois livros anteriores do escritor, “O ex-mágico” (1947) e “A Estrela Vermelha” (1953).”

Ayres da Mata Machado Filho (1909-1985), em 1965, considera Murilo Rubião um escritor consciente e original:

“Se valeu a pena a incontestável procura da perfeição, depara-nos obra de escritor consciente, senhor de fino ouvido estilístico, além de original. Nem fique sem especial menção o débito aos processos e à linguagem da Bíblia. Também nisso o autor apresenta-se modelo a quantos penam e duram, na prática da esquiva arte de escrever, cujo aprendizado nunca chega a terminar.”

Benedito Nunes (1929-2011), na revista Colóquio, em 1975, fala da aproximação ao alegórico nas obras do autor:

“[...], a narrativa de Murilo Rubião deita raízes no estilo figural a que Auerbach se referiu no epílogo de Mimesis: estilo próximo da parábola e vizinho da alegoria. Mas, como nas histórias de Kafka, as alegorias do escritor mineiro representam, de maneira ambígua, a forma atual e possível da condição humana; a parábola “sem doutrina” que elas encerram descreve uma trajetória assustadora e indefinida.”

Fábio Lucas, em O Estado de São Paulo, em 1983, defende que a crítica não havia ainda compreendido a obra de Murilo Rubião:

‘O inesperado da linha narrativa do autor de O Ex-Mágico [...], solitária experiência no após-guerra, encaminhou a crítica a aplicar-lhe designativos já gastos, que acabam por não determinar exatamente a natureza de seu relato. Assim, falou-se do uso do “imaginário” por parte do contista, de seu desvio da prosa realista, do “fantástico”, do “sobrenatural” e do “maravilhoso”, etiquetas aplicadas a uma família muito grande de ficcionistas contemporâneos.”

Vera Lúcia Andrade e Wander Melo Miranda, no jornal Estado de Minas, em 1986, apontam na obra do escritor a “obsessão do olhar”:

“Esconder revelando e revelar escondendo, cartadas do jogo fantástico em geral, especifica, no jogo textual muriliano, a relação entre paixão de ver e paixão de saber, permeada, frequentemente, pela paixão sexual. O impulso obsessivo de olhar, que desencadeia o processo de revelação de um possível saber, ao mesmo tempo desejado e temido, como em “O Convidado”, esbarra sempre em um enigma que terá de ser decifrado: a expectativa de decifração do mundo olhado coloca em causa, concomitantemente, o sujeito que olha. A curiosidade dos dois irmãos sobre a identidade enigmática do “Homem do boné cinzento”, no conto do mesmo título, não é nunca satisfeita. O desaparecimento progressivo do objeto olhado, no próprio momento que se dá ao olhar perscrutador, reforça a invisibilidade — o homem torna-se literalmente transparente — e deixa um vazio irremediável no circuito do olhar, já que um dos irmãos “diminui espantosamente” e reduz-se, na mão do outro, a uma “bolinha negra”, até desaparecer para sempre.”

Antonio Olinto (1919-2009), na Tribuna da Imprensa, em 2007, compara Murilo Rubião a Franz Kafka (1883-1924):

“A posição de Murilo Rubião é digna de atenção porque nele o salto além da linguagem e da emoção nela contida é, não só voluntariamente procurado em tudo o que escreveu, mas também compreendido como único modo de fazer literatura. Se o ligo a Kafka, não quero dizer que se assemelhem em tudo, mas apenas que Murilo Rubião deseja explicar o que somos através de pesadelos, de afastamentos e de faltas de entendimento entre uma pessoa e outra, de tal modo que disto surja um novo entendimento e um modo pelo menos diferente de ver a realidade.”

E, por fim, Davi Arrigucci Júnior considera o autor um precursor do gênero suprarreal:

“Do ponto de vista da originalidade, o juízo é facilmente verificável. Pensada contra o quadro geral de uma ficção lastreada sobretudo na observação e no documento, escassa em jogos de imaginação, a narrativa fantástica de Murilo surge duplamente insólita. Ao contrário do que se deu, por exemplo, na literatura hispano-americana, onde a narrativa fantástica de Borges, Cortázar, Felisberto Hernándes e tantos outros, encontrou uma forte tradição do gênero, desde as obras de Horácio Quiroga e Leopoldo Lugones ou mesmo antes, no Brasil ela foi sempre rara. [...], na verdade, se está diante de uma quase completa ausência de antecedentes brasileiros para o caso da ficção de Murilo, o que lhe dá a posição de precursor, em nosso meio, das sondagens do suprarreal.”

Frases de Murilo Rubião

A seguir, vamos ler algumas frases do escritor Murilo Rubião, retiradas de entrevistas que ele concedeu à revista Escrita (RE), em 1979, ao jornal Tribuna de Minas (TM), em 1988, e ao Correio Braziliense (CB), em 1989:

“Nós todos sabemos que a glória, a consagração imediata, jamais levou a uma consciência clássica da obra literária.” (RE)

“Acho impossível qualquer tipo de literatura que não seja de abordagem social, de participação e de engajamento.” (RE)

“Toda arte está ligada principalmente à mulher.” (RE)

“De vez em quando, a gente fica espantado com as coisas do cotidiano.” (TM)

“O leitor mesmo é um pouco assim, descobre coisas.” (TM)

“O escritor não separa a vida da literatura, vida e literatura são uma coisa só.” (TM)

“Não temos muita sensibilidade para outra literatura a não ser aquela de nossa época.” (CB)

“Até agora a literatura foi para mim um jogo, que eu joguei sério, mas se perdesse não haveria problema.” (CB)

Crédito da imagem

[1] Companhia das Letras (Reprodução)     

 

Por Warley Souza
Professor de Literatura

Escritor do artigo
Escrito por: Warley Souza Professor de Português e Literatura, com licenciatura e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Warley. "Murilo Rubião"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/murilo-rubiao.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

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