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Os 15 contos de Machado de Assis aqui resumidos são textos que fazem parte de seus livros Histórias da meia-noite, Papéis avulsos, Histórias sem data, Várias histórias, Páginas recolhidas e Relíquias de casa velha e são contos famosos desse irônico autor realista que também escreveu obras românticas. São eles:
- “As bodas de Luís Duarte”, de Histórias da meia-noite;
- “O relógio de ouro”, de Histórias da meia-noite;
- “Teoria do medalhão”, de Papéis avulsos;
- “A chinela turca”, de Papéis avulsos;
- “O anel de Polícrates”, de Papéis avulsos;
- “A segunda vida”, de Histórias sem data;
- “A cartomante”, de Várias histórias;
- “Uns braços”, de Várias histórias;
- “Um homem célebre”, de Várias histórias;
- “A causa secreta”, de Várias histórias;
- “Missa do galo”, de Páginas recolhidas;
- “Pai contra mãe”, de Relíquias de casa velha;
- “Suje-se gordo”, de Relíquias de casa velha;
- “Pílades e Orestes”, de Relíquias de casa velha;
- “Marcha fúnebre”, de Relíquias de casa velha.
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Tópicos deste artigo
Quais são os contos mais famosos de Machado de Assis?
1. “As bodas de Luís Duarte”, de Histórias da meia-noite
O conto, marcado pela ironia machadiana, fala do casamento de Carlota (filha de José Lemos e de dona Beatriz) com o jovem Luís Duarte. O narrador mostra os preparativos e a festa após a cerimônia desse casamento burguês, ocorrido em abril, e termina com a revelação de que, em janeiro do próximo ano, vai nascer o filho do casal para perpetuar a “dinastia dos Lemos, se não morrer na crise da dentição”.
2. “O relógio de ouro”, de Histórias da meia-noite
Ao chegar em casa, Luís Negreiros encontra um relógio de ouro em seu quarto e quer saber de quem é o tal relógio, mas Clarinha, sua esposa, diz não saber de quem é. Ele, enciumado, acredita que o relógio é do amante de Clarinha e ameaça matar a esposa. Então, ela lhe entrega uma carta, endereçada a ele, que veio junto com o relógio. Luís, estupefato, lê as seguintes palavras: “Meu nhonhô. Sei que amanhã fazes anos; mando-te esta lembrança. Tua Iaiá”.
3. “Teoria do medalhão”, de Papéis avulsos
O conto apresenta um diálogo entre pai e filho. Esse pai aconselha o filho de 21 anos a ser bem-sucedido como “medalhão”. Para isso, não deve ter ideias próprias e precisa fugir da reflexão. Para evitar as ideias, deve buscar atividades não intelectuais e passar o tempo sempre acompanhado. Sua fala deve ser sempre superficial, com frases feitas. Assim, Machado de Assis fala da supremacia da aparência sobre a essência, em um conto tão atual.
4. “A chinela turca”, de Papéis avulsos
O major Lopo Alves, amigo da família, aparece inesperadamente na casa do bacharel Duarte e começa a ler um enfadonho drama de sua autoria para apreciação do amigo. Isso acaba levando Duarte a perder o baile ao qual tinha planejado ir. Ao perceber o desinteresse do rapaz, o major vai embora, ofendido. Em seguida, um suposto policial vai até a casa de Duarte e o acusa de ter furtado uma chinela turca.
5. “O anel de Polícrates”, de Papéis avulsos
Esse conto é um diálogo entre personagens identificados como A e Z, os quais falam sobre um tal Xavier, que, de tão perdulário (esbanjador), perdeu suas ideias e a capacidade de ter novas ideias. O personagem A compara Xavier a Polícrates, um tirano cujo anel tinha sido engolido por um peixe. Assim, na comparação, o “anel” de Xavier era uma ideia fugitiva. Ele buscava essa ideia, que se aproximava, mas Xavier a perdia, sem conseguir alcançá-la, e isso o angustiava.
6. “A segunda vida”, de Histórias sem data
Monsenhor Caldas interrompe a narração de José Maria, vai até um serviçal chamado João e pede para que ele chame a polícia, “para livrar-me de um sujeito doido”. Assim começa o conto. Isso porque José alega se lembrar de ter morrido e, depois de algum tempo, ter reencarnado. Assim, já nasceu com experiência e passa a contar como foi sua nova vida desde a infância.
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7. “A cartomante”, de Várias histórias
Camilo e Vilela são amigos. Rita se casa com Vilela e passa a ter um relacionamento extraconjugal com Camilo. Quando o amante recebe uma carta anônima que o acusa de traição, decide se afastar da casa do amigo. Rita procura uma cartomante, e Camilo zomba dela, pois não acredita nessas coisas.
Porém, quando Camilo recebe um bilhete do amigo, o qual diz querer falar com Camilo urgentemente, o amante de Rita prevê um acontecimento trágico e, assim, acaba buscando a cartomante antes de se dirigir à casa de Vilela. A cartomante tranquiliza Camilo, porém, uma surpresa o espera na casa de seu melhor amigo. Para saber mais sobre esse conto de Machado de Assis, clique aqui.
8. “Uns braços”, de Várias histórias
Inácio é um rapaz de 15 anos que mora com um casal — Borges e dona Severina. O rapaz é fascinado pelos braços de dona Severina, sempre à mostra. De forma sutil, o narrador mostra a atração sexual de Inácio por uma mulher mais velha. Quando ela percebe, começa a fantasiar um relacionamento com o rapaz, e, por fim, ocorre um beijo entre eles, o que provoca a partida de Inácio.
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9. “Um homem célebre”, de Várias histórias
Pestana é um famoso compositor, e seu sucesso se deve às polcas que ele compõe, mas ele não está satisfeito com seu sucesso, pois considera a polca um estilo musical menor. Seu sonho é ser compositor de música clássica, mas ele tem imenso talento e inspiração para polcas, que lhe vêm à mente com facilidade. Assim, vive frustrado, apesar do sucesso. Ter tanto talento para polcas é a sua maldição.
10. “A causa secreta”, de Várias histórias
Garcia e Fortunado se tornam amigos. Em sociedade, os dois fundam uma casa de saúde, administrada por Fortunato, sendo Garcia o médico. Aos poucos, o narrador vai mostrando a natureza sádica de Fortunato, o qual demonstra imenso prazer ao torturar um rato. Apesar de amar a esposa, Fortunato também aprecia a agonia de Maria Luísa após ela contrair tuberculose.
11. “Missa do galo”, de Páginas recolhidas
Nogueira, o narrador, relembra um fato ocorrido na noite de Natal, quando ele tinha 17 anos. Estava hospedado na casa do escrivão Meneses e de sua esposa, Conceição. Naquela noite, o escrivão foi ao teatro, e o narrador ficou vestido, na sala, aguardando a hora de ir à missa do galo. Enquanto esperava, conversava com Conceição, totalmente atraído pela mulher.
12. “Pai contra mãe”, de Relíquias de casa velha
Cândido Neves é casado com Clara. Eles estão com dificuldades financeiras, a ponto de ter que levar o filho recém-nascido para a roda dos enjeitados, caso não consigam dinheiro. Cândido então decide iniciar o “ofício de pegar escravos fugidos”. Ao capturar a “mulata fujona” Arminda, ela implora, em vão, que ele a solte, porque está grávida. Assim, em lados opostos, um pai e uma mãe lutam para criar os seus filhos.
13. “Suje-se gordo”, de Relíquias de casa velha
O conto mostra o julgamento e a condenação de um homem por roubo de uma pequena quantia de dinheiro. Na ocasião, Lopes, um dos jurados, critica o ladrão por roubar pouco. Segundo Lopes, se quer se sujar, “suje-se gordo”, ou seja, roube muito. Anos depois, o mesmo Lopes, empregado de um banco, se torna réu por desviar grande quantia de dinheiro, porém, ele é absolvido.
14. “Pílades e Orestes”, de Relíquias de casa velha
Pílades e Orestes são personagens da Grécia Antiga, dois amigos inseparáveis. Machado de Assis recorre a esses personagens para mostrar a relação de forte amizade entre Quintanilha e Gonçalves. A amizade entre eles é ambígua, pois não se sabe se são apenas amigos ou se há um sentimento homoerótico entre eles.
Gonçalves é um advogado, e Quintanilha recebe uma herança. Então, outra dúvida se mostra: “Será que Gonçalves é um interesseiro?”. Afinal, o afeto de Quintanilha é muito mais intenso do que o do amigo, e Gonçalves tem grande influência sobre Quintanilha. Por fim, quando entra em cena Camila, prima de Quintanilha, essa amizade pode não resistir.
15. “Marcha fúnebre”, de Relíquias de casa velha
O protagonista do conto é o deputado Cordovil, o qual fica sabendo, em um cassino, sobre a morte de um inimigo seu. No caminho de volta para casa, em um carro com cocheiro, ele se depara com outro morto, um homem que morreu de repente na rua. O carro segue, e Cordovil começa a imaginar a própria morte no cassino, na câmara, no carro onde está ou no quarto de dormir, o que lhe faz perder o sono.
Crédito de imagem
[1] Editora Moderna (reprodução)