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Conjunção integrante

A conjunção integrante é uma partícula da língua portuguesa que serve para introduzir a oração subordinada substantiva em períodos compostos.

Esquema ilustrativo com exemplo de uso da conjunção integrante.
A conjunção integrante serve para introduzir as orações subordinadas que desempenham o papel de substantivo no período simples.
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As conjunções integrantes são vocábulos da língua portuguesa que atuam como conectivos, servindo para introduzir as orações subordinadas substantivas nos períodos compostos. As conjunções integrantes são “que" e “se”.

É necessário fazer a análise sintática da frase para saber se esses termos estão atuando como conjunção integrante de fato, pois eles também podem desempenhar outras funções. As orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem o papel dos substantivos nos períodos simples, por isso suas funções sintáticas são: sujeito, predicativo, aposto, objeto direto e objeto indireto.

Leia também: Como identificar as orações subordinadas?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre conjunção integrante

  • As conjunções integrantes são vocábulos que têm a função de introduzir uma oração subordinada substantiva.
  • Há apenas duas conjunções integrantes: “que” e “se”.
  • Para saber se o “que” e o “se” são conjunções integrantes, é preciso analisar a função da oração subordinada.
  • As orações introduzidas por conjunção integrante desempenham papel equivalente ao do substantivo.
  • As funções sintáticas que a conjunção integrante introduz são: sujeito, predicativo, aposto, complemento nominal, objeto direto e objeto indireto.

O que é conjunção integrante?

As conjunções integrantes são termos que servem para conectar a oração subordinada substantiva à oração principal. Ela se determina por introduzir orações subordinadas que exercem função de substantivo. De acordo com a gramática, as conjunções integrantes não possuem função sintática, pois seu papel é somente estabelecer a conexão entre as orações. 

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Quais são as conjunções integrantes?

As conjunções integrantes são apenas duas: “que” e “se”. É importante ressaltar, no entanto, que ambos os vocábulos podem ser utilizados com outras funções, ou seja, sem atuar como conjunção integrante, por isso não basta identificar as conjunções para ter certeza que elas são integrantes, é necessário analisar a oração subordinada da frase.

Exemplos:

Não sei se me viu pela janela.

Se ele não for, eu levo as entregas.

Na primeira oração, observa-se que o “se” é uma conjunção integrante, pois está introduzindo a oração subordinada que cumpre papel de objeto direto, completando o sentido do verbo “saber”. Na segunda oração, o “se” está como conjunção condicional, pois marca a ideia de “condição” necessária para a oração principal, ou seja, para que o sujeito leve as entregas, ele depende da condição do outro não ir.

Outra informação relevante sobre as conjunções integrantes é que elas exprimem ideias diferentes: para marcar certeza, usa-se o “que”; para marcar dúvida, usa-se “se”.

Exemplos:

Vi que você foi aprovado no exame.

Ninguém sabe se ele foi aprovado ou não.

Uso das conjunções integrantes

As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas que desempenham as funções sintáticas dos substantivos, por isso podem ser utilizadas para conectar sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal e aposto.

Exemplos:

É necessário que todos cumpram suas obrigações.

No exemplo acima, a conjunção “que” serve para introduzir o sujeito do verbo “é”, que vai ser qualificado como “necessário”. Classifica-se como oração subordinada substantiva subjetiva.

Não perceberam se ele estava nervoso.

No exemplo acima, a conjunção “se” introduz uma oração subordinada que exerce função de objeto direto, completando o sentido do verbo “perceber”. Classifica-se como oração subordinada substantiva objetiva direta.

Sempre me lembro de que nada é impossível.

No exemplo acima, a conjunção “que” introduz a oração subordinada que exerce função de objeto indireto, completando o sentido do verbo “lembrar”. Por ser objeto indireto, a preposição “de” vem antes da conjunção. Classifica-se como oração subordinada substantiva objetiva indireta.

O problema é que ninguém quer assumir responsabilidades.

No exemplo acima, a conjunção “que” introduz a oração subordinada predicativa, a qual está atribuindo uma qualidade ao sujeito “problema”. Classifica-se como oração subordinada substantiva predicativa.

Tenha certeza de que ele vai conseguir.

No exemplo acima, a conjunção “que” serve para conectar a oração subordinada que está completando o sentido da palavra “certeza”, ou seja, atua como complemento nominal. Classifica-se como oração subordinada substantiva completiva nominal.

Minha maior preocupação, que ele esteja seguro, ainda persiste.

No exemplo acima, a conjunção “que” serve para conectar a oração subordinada que atua como aposto, pois está explicando o referente “preocupação”. Classifica-se como oração subordinada substantiva apositiva. 

Leia também: Tipos de orações subordinadas adverbiais

Outros tipos de conjunções

A conjunção integrante faz parte das conjunções subordinativas, ou seja, aquelas que servem para introduzir orações subordinadas. Além da conjunção integrante, as outras conjunções subordinativas são as causais, comparativas, concessivas, conformativas, condicionais, consecutivas, proporcionais, finais e temporais.

Há também as conjunções coordenativas, que são aquelas que conectam orações que não dependem uma da outra, ou seja, são independentes e podem vir juntas ou separadas. Os tipos de conjunções coordenativas são: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.

Exercícios sobre conjunções integrantes

1. A oração subordinada destacada no período “O professor explicou que a prova será na sexta-feira.” pode ser classificada como:

a) oração subordinada substantiva subjetiva.

b) oração subordinada substantiva completiva nominal.

c) oração subordinada substantiva apositiva.

d) oração subordinada substantiva objetiva direta.

e) oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Resposta: Letra D. A oração subordinada está completando o verbo “explicou”, que é transitivo direto, por isso a função sintática correta é a de objeto direto.

2. A oração subordinada destacada no períodoEle se esqueceu de que eu precisava levar os documentos..” pode ser classificada como:

a) oração subordinada substantiva apositiva.

b) oração subordinada substantiva predicativa.

c) oração subordinada substantiva objetiva direta.

d) oração subordinada substantiva objetiva indireta.

e) oração subordinada substantiva objetiva subjetiva.

Resposta: Letra D. A oração subordinada está completando o sentido do verbo “esquecer”, que, quando está na forma pronominal, exige a preposição “de”, portanto a função sintática correta é a de objeto indireto.

3. A oração subordinada destacada no período “A verdade é que precisamos de mais paciência.” pode ser classificada como:

a) oração subordinada substantiva apositiva.

b) oração subordinada substantiva completiva nominal.

c) oração subordinada substantiva subjetiva.

d) oração subordinada substantiva objetiva indireta.

e) oração subordinada substantiva predicativa.

Resposta: Letra E. A oração subordinada está qualificando o que é a “verdade” (sujeito da frase) e está interligada por um verbo de ligação, portanto trata-se de um predicativo do sujeito.

Fontes:

CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. L. Nova gramática do português contemporâneo, 5ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008.

Bechara, Evanildo. Gramática Fácil: Completa e rápida de consultar, para responder a todas as suas dúvidas. Nova Fronteira. Edição do Kindle.

Escritor do artigo
Escrito por: Talliandre Matos Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

MATOS, Talliandre. "Conjunção integrante"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/conjuncao-integrante.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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