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Conjunção coordenativa conclusiva

Conjunções coordenativas conclusivas são palavras que ligam duas orações ou termos independentes em uma mesma frase, estabelecendo relação lógica de consequência entre eles.

Texto sobre o que é conjunção coordenativa conclusiva e exemplos.
As conjunções conclusivas são comumente precedidas por uma vírgula.
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Conjunção coordenativa conclusiva é um tipo específico de conjunção que indica a ideia de conclusão. As mais comuns são: logo, portanto, assim, então, por conseguinte e pois (em contextos específicos). As conjunções são palavras que ligam duas orações ou termos em uma frase, estabelecendo uma relação de sentido entre eles. As conjunções conclusivas são usadas para unir orações ou frases que apresentam uma ideia de conclusão ou consequência.

Leia também: Orações coordenadas e orações subordinadas — qual a diferença?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre conjunção coordenativa conclusiva

  • As conjunções coordenativas conclusivas são um tipo de conjunção que indica uma conclusão ou resultado.

  • As conjunções coordenativas conclusivas mais comuns são: logo, portanto, assim, então, por conseguinte e pois (em contextos específicos).

  • Essas conjunções devem ser usadas para unir ideias que têm uma relação lógica de consequência.

O que é a conjunção coordenativa conclusiva?

A conjunção coordenativa conclusiva é uma palavra ou expressão que une duas orações coordenadas ou termos independentes entre si, para indicar uma conclusão ou resultado. Quando usamos essas conjunções, estamos sugerindo que a segunda oração é uma consequência lógica da primeira. Veja:

oração coordenada + oração coordenada

“Ela treinou exaustivamente, logo está preparada para a competição.”

Veja que as orações “Ela treinou exaustivamente” e “está preparada para a competição” são independentes, pois têm sentido completo mesmo se aparecerem sozinhas. No enunciado, elas aparecem juntas, unidas por uma conjunção: “logo”. Essa palavra cria sentido de consequência entre essas orações independentes: a segunda oração é uma consequência da primeira. Portanto, “logo” é uma conjunção (une dois elementos em uma frase) coordenativa (une elementos independentes entre si) conclusiva (cria relação de consequência entre os elementos).

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Quais são as conjunções coordenativas conclusivas?

Conjunções coordenativas conclusivas

Exemplos

Logo

Ele estudou bastante, logo passou na prova.

Portanto

Estava muito cansado, portanto decidiu descansar.

Assim

Ele não tinha os documentos, assim não pôde viajar.

Por conseguinte

Os preços subiram, por conseguinte o consumo caiu.

Então

A bateria do celular acabou, então não consegui ligar para você.

Pois (com valor de conclusão, aparecendo entre vírgulas)

O projeto foi mal executado; não houve, pois, melhorias.

As conjunções conclusivas costumam ser sinônimas umas das outras, sendo facilmente substituídas entre si.

Uso das conjunções coordenativas conclusivas

As conjunções conclusivas são usadas para unir orações ou frases que apresentam uma conclusão ou consequência. Geralmente, são colocadas após uma ideia principal, seguida da explicação do efeito ou conclusão dessa ideia. Devem ser utilizadas de maneira lógica e natural, sendo comumente precedidas de uma vírgula.

  • Logo: indica uma consequência direta e geralmente é usada em contextos cotidianos.

  • Portanto: é uma conjunção formal e comumente usada em argumentos para apresentar uma conclusão.

  • Assim: usada para reforçar uma conclusão que tem base em fatos ou argumentos prévios.

  • Por conseguinte: mais formal, é utilizada em textos que requerem um tom mais técnico ou acadêmico.

  • Então: também indica uma consequência direta, sendo usada em qualquer contexto.

  • Pois: apesar de ser mais comum como conjunção coordenativa causal, “pois” pode ser usada como uma conclusão em alguns contextos, geralmente entre vírgulas no meio da frase.

Saiba mais: Como identificar um período composto por subordinação?

O que é uma conjunção?

Conjunção é a palavra que tem a função de conectar termos ou orações em uma frase. As conjunções podem ser coordenativas, quando ligam orações independentes entre si, ou subordinativas, quando ligam uma oração principal a uma oração dependente, subordinada. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

As conjunções subordinativas podem ser integrantes ou adverbiais. As conjunções subordinativas adverbiais podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais, temporais. Para saber mais sobre as conjunções, clique aqui.

Videoaula sobre conjunção

Exercícios resolvidos sobre conjunção coordenativa conclusiva

Questão 1

(Ibam 2018 – Adaptada)

Estudo confirma o impacto das mudanças climáticas na saúde

  1. Desde o início do século 19, com a Revolução Industrial, o impacto das ações do homem sobre o clima já provocou um aquecimento médio de mais de 1 ºC na Terra. Embora o número ainda não seja suficiente para provocar um cataclisma, já prejudica a vida de milhões de pessoas ao redor do planeta e coloca em risco todos os avanços em saúde pública dos últimos 50 anos. É o que mostra um relatório publicado pela Lancet, uma prestigiada publicação científica de medicina.

  2. Elaborado com a contribuição de 24 instituições acadêmicas e organizações intergovernamentais, o Lancet Countdown levanta dados de saúde em todos os continentes, contando com uma equipe que inclui ecologistas, cientistas, economistas, engenheiros e especialistas em comida, transporte, energia e saúde pública.

  3. De acordo com o relatório, uma das principais evidências do impacto da mudança climática são as ondas de calor, cada vez mais intensas e frequentes. Entre 2000 e 2016, 125 milhões de adultos em situação de vulnerabilidade no mundo sofreram com elas. Com o clima mais quente, as pessoas têm menos resistência, ocasionando uma redução de 5,3% da força mundial de trabalho. Em 2016, tirou mais de 920 mil pessoas em todo mundo da força de trabalho, com 418 mil delas somente na Índia.

  4. Os desastres relacionados ao clima também estão mais frequentes, com um crescimento de 46 % desde 2000. A economia também sofre, com crescentes perdas desde 1990. Em 2016 a economia global perdeu US$ 129 bilhões com eventos relacionados ao clima. O relatório também aponta o aumento de 10 % no número de mosquitos da dengue desde 1950 como resultado do aquecimento global.

  5. Os estragos não param por aí, já que, somente em 2015, mais de 803.000 mortes prematuras e evitáveis aconteceram em 21 países asiáticos foram devido a poluição do ar. Mas é na comida o principal impacto. A mudança climática provocou um declínio de 6 % na produtividade global do trigo e um declínio de 10 % nas safras de arroz. Se tudo continuar assim, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo enfrentarão a necessidade de migrar dentro dos próximos 90 anos devido ao aumento do nível do mar causado pelo colapso da plataforma de gelo.

  6. O Brasil também sofre com as consequências: de acordo com o estudo, o volume médio de partículas finas em suspensão no ar é de 15 ug/m3, enquanto a Organização Mundial de Saúde recomenda que o número não ultrapasse 1 O ug/m3. A pior situação fica na pequena cidade de Santa Gertrudes, no interior de São Paulo, considerada a mais poluída do País. São 44 ug/m3 de partículas suspensas, principalmente devido a ação da indústria de cerâmica.

  7. Para o professor Anthony Costello, co-presidente da Lancet Countdown e um dos diretores da Organização Mundial da Saúde, a situação requer ação imediata. "A mudança climática está acontecendo e hoje é um problema de saúde para milhões em todo o mundo. A perspectiva é desafiadora, mas ainda temos a oportunidade de transformar uma emergência médica iminente no avanço mais significativo para a saúde pública neste século", afirma. "Precisamos de medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Os benefícios econômicos e de saúde oferecidos são enormes. O custo da inação será contado em perdas evitáveis de vidas em larga escala ".

Autor não identificado, Portal da Revista Galileu (03/11/20177) Texto adaptado.

Identifique, nas frases a seguir, em qual(is) há conjunção coordenativa conclusiva.

I. Porém, no que se refere aos prejuízos econômicos, o relatório não foi conclusivo.

II. Essa avaliação mostra, portanto, um aumento da temperatura do planeta.

III. A Lancet Countdown não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

A) I e II.

B) I e III.

C) Apenas II.

D) II e III.

E) Apenas III.

Resposta

Alternativa C. Apenas em II há uma conjunção coordenativa conclusiva (“portanto”).

Questão 2

(Ieses 2019 – Adaptada)

Leia as afirmações a seguir:

I. As conjunções subordinativas são classificadas em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas.

II. “Pois” pode ser uma conjunção coordenativa conclusiva ou explicativa.

III. Em “Douglas vai atrasar, pois há muito trânsito.”, “pois” é uma conjunção coordenativa conclusiva.

IV. Em “Célia estava cansada, portanto nos atendeu muito bem”, a conjunção coordenativa conclusiva foi usada indevidamente.

Assinale a alternativa que melhor se aplica em relação ao texto:

A) Apenas as afirmações II e IV estão corretas.

B) Apenas a afirmação I está correta.

C) Apenas as afirmações III e IV estão corretas.

D) Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.

Resposta

Alternativa A.

A afirmação I está incorreta, pois as conjunções subordinativas recebem outras classificações.

A afirmação II está correta, já que “pois”, de fato, pode ser uma conjunção coordenativa conclusiva ou explicativa.

A afirmação III está incorreta, já que “pois” estabelece relação de causa, e não de consequência, portanto não pode ser uma conjunção coordenativa conclusiva.

A afirmação IV está correta, já que a conjunção coordenativa conclusiva (“portanto”) foi usada indevidamente, pois as orações têm sentido de oposição, e não de conclusão.

Fontes

AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Parábola, 2021.

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 38ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 7ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2016.

Escritor do artigo
Escrito por: Guilherme Viana Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

VIANA, Guilherme. "Conjunção coordenativa conclusiva"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/conjuncao-coordenativa-conclusiva.htm. Acesso em 20 de setembro de 2024.

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