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O navio flutua no mar pelo fato de a força peso e a força empuxo sobre o navio estarem em equilíbrio. Isso porque a massa do navio é equivalente ao volume de água deslocado por ele e porque a densidade do navio é menor do que a densidade da água, o que se dá pelo fato de sua massa estar distribuída igualmente em um longo tamanho, o que permite a entrada de uma grande quantidade de ar.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Por que o navio não afunda?
- 2 - É possível um navio afundar?
- 3 - Por que o navio flutua e os submarinos afundam?
- 4 - Cinco grandes naufrágios na história
Por que o navio não afunda?
O navio não afunda por causa do equilíbrio entre a força peso e a força empuxo atuantes sobre ele e pelo fato de a densidade média do navio ser menor do que a densidade da água.
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Equilíbrio entre a força peso e a força empuxo
Quando o navio está dentro da água, ele ocupa um espaço e desloca uma quantidade de água (princípio de Arquimedes), imperceptível a olho nu, que equivale ao volume do navio.
Esse volume de água deslocado pelo navio precisa ser igual à massa total do navio para que a força peso (força vertical para baixo que atrai todos os corpos para o centro do planeta) e a força empuxo (força vertical ascendente que move todos os corpos para cima quando estão imersos em um fluido) atuantes sobre ele tenham a mesma intensidade, se anulando e mantendo o navio em equilíbrio.
Se houver mais massa no navio, seja pela entrada de água por uma ruptura ou pelo acréscimo de mais carga ou passageiros do que ele suporta, o navio deslocará mais água, desequilibrando a força peso e a força empuxo, afundando o navio.
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Densidade média
Os navios são constituídos de aço e outros metais mais densos do que a água, que quando colocados sobre ela, afundam. Contudo, o navio não afunda, e a outra explicação para isso está no fato de ele possuir uma distribuição uniforme de sua massa em todo o seu longo volume, ocasionando a entrada de ar e, consequentemente, diminuindo a sua densidade média (levando em conta a parte de aço e a parte cheia de ar).
Se a sua distribuição de massa ocorresse em um formato pequeno, não haveria entrada de ar o suficiente para diminuir a sua densidade, o que afundaria o navio.
É possível um navio afundar?
É possível um navio afundar por diversos fatores, como erros humanos, falhas técnicas, condições meteorológicas, colisões com recifes, rochas e icebergs, excesso de passageiros ou até mesmo ao entrar em guerra com outros navios.
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Por que o navio flutua e os submarinos afundam?
O submarino afunda ou emerge devido à ação das forças peso e empuxo sobre ele, assim como funciona no navio. Diferentemente do navio, que é feito para não afundar, o submarino possui tanques de lastro que são reservatórios de água que se enchem ou esvaziam quando se deseja alterar o volume submerso, permintindo com que ele afunde ou suba.
Quando o submarino quer descer, são abertas as válvulas da parte superior dos tanques de lastro, forçando o ar a sair e enchendo-os de água, acrescentando massa ao submarino e, consequentemente, aumentando a força peso, fazendo com que ele afunde. Já se o submarino quer subir, basta esvaziar os tanques de lastro, deixando-o mais leve e diminuindo a força peso, submergindo-o.
Cinco grandes naufrágios na história
Em toda a história, houve pouco mais de 500 naufrágios, sendo a navegação considerada um dos meios de transporte mais confiáveis em comparação a outros. Pensando nisso, selecionamos os cinco maiores naufrágios não militares na história marítima em quantidade de vítimas.
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MV Doña Paz (1987)
O MV Doña Paz foi um navio de passageiros filipino que naufragou após colidir contra o pequeno petroleiro MT Vector, fazendo sua carga entrar em combustão e incendiar ambos os navios, ocasionando a morte de mais de 4 mil pessoas.
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MV Le Joola (2002)
O MV Le Joola foi um navio de passageiros do Senegal que, ao seguir uma rota diferente da autorizada, encontrou uma tempestade e, pelo excesso de pessoas a bordo, acabou virando e naufragando, ocasionando a morte de 1863 pessoas de 1927 a bordo.
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MS al-Salam Boccaccio 98 (2006)
O MS al-Salam Boccaccio 98 era uma balsa transportadora de passageiros que, enquanto fazia a travessia entre a Arábia Saudita e o Egito pelo mar Vermelho, teve um incêndio na casa de máquinas. Mesmo com as tentativas de ser controlado, o incêndio acabou ocasionando o naufrágio, matando 1018 pessoas de 1400 a bordo.
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MV Bukoba (1996)
O MV Bukoba era uma balsa transportadora de passageiros que, ao iniciar seu movimento, provocou a queda de objetos e aparelhos da cozinha, ocasionando pânico entre os passageiros, que correrram para um dos lados da balsa, fazendo com que ela virasse e naufragasse, matando 894 pessoas.
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MS Estonia (1994)
O MS Estonia foi um cruzeiro alemão que, enquanto fazia a travessia de Tallin, na Estônia, para Estocolmo, na Suécia, desapareceu e afundou, matando 852 pessoas. No ano de 1997, investigadores concluíram que os dispositivos de fechamento das portas da proa do navio não aguentaram a pressão das ondas e permitiram a entrada de água no convés. Contudo, em 2020, um documentário produzido pela Discovery Network identificou um buraco com o tamanho de quatro metros no casco do navio.
Por Pâmella Raphaella Melo
Professora de Física