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Rubem Braga

Rubem Braga é um cronista do Modernismo brasileiro. Seus textos usam uma linguagem objetiva e irônica, tratam de elementos do cotidiano e fazem crítica sociopolítica.

Rubem Braga
Rubem Braga, em 1966. [1]
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Rubem Braga nasceu em 12 de janeiro de 1913, em Cachoeiro de Itapemirim, no estado do Espírito Santo. Em 1931, morava em Belo Horizonte, onde passou a escrever para o Diário da Tarde. Nos anos que se seguiram, publicou crônicas em diversos periódicos, conheceu vários países e trabalhou na Rede Globo.

O autor, que faleceu em 19 de dezembro de 1990, no Rio de Janeiro, recebeu influências do Modernismo e escreveu textos caracterizados pela ironia, temática do cotidiano e crítica sociopolítica. Assim, se tornou um dos mais importantes cronistas brasileiros e publicou diversos livros.

Leia também: Millôr Fernandes — autor conhecido pela comédia, ironia e crítica de costumes

Tópicos deste artigo

Resumo sobre Rubem Braga

  • O escritor Rubem Braga nasceu em 1913 e faleceu em 1990.

  • Além de cronista, o autor também foi repórter, embaixador e editor.

  • Seu estilo faz parte da segunda geração do Modernismo brasileiro.

  • A crítica sociopolítica é a principal característica de seus textos.

  • Seu primeiro livro de crônicas é O conde e o passarinho.

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Biografia de Rubem Braga

Rubem Braga nasceu em 12 de janeiro de 1913, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Mais tarde, com 13 anos de idade, publicou seu primeiro texto, no jornal O Itapemirim, do Colégio Pedro Palácios. Dois anos depois, Braga se envolveu em uma desavença com um professor e não quis mais continuar na mesma escola.

Rubem Braga foi, então, estudar em Niterói. Porém, os irmãos do autor criaram o jornal Correio do Sul, em sua cidade natal. Em 1928, o cronista passou a escrever para o jornal da família. No ano seguinte, ele ingressou na faculdade de Direito, no Rio de Janeiro, mas terminou o curso em Minas Gerais.

Em 1931, Braga se mudou para Belo Horizonte, onde escreveu para o Diário da Tarde. No ano de 1932, ele se formou em Direito. O autor logo foi para São Paulo e passou a escrever para o Diário de S. Paulo. Três anos depois, em 1935, quando trabalhava para os Diários Associados, pediu demissão após fazer críticas à Igreja e não receber apoio de Assis Chateaubriand (1892–1968).

Então, o escritor foi viver em Recife e dirigiu a Folha do Povo, jornal de viés esquerdista. Cinco meses depois, porém, ele se mudou para o Rio de Janeiro e começou a trabalhar no jornal A Manhã. Rubem Braga se casou, em 1936, com a escritora Zora Seljan (1918–2006). Naquele ano, publicou seu primeiro livro de crônicas — O conde e o passarinho —, além de escrever para a Folha de Minas.

Nos anos seguintes, o autor escreveu para os seguintes periódicos: Revista Problemas, O Imparcial, Revista Acadêmica e Dom Casmurro. Entretanto, em 1940, durante o Estado Novo, ele chegou a ser preso no Rio de Janeiro. Três anos depois, assumiu o cargo de chefe de publicidade do Serviço Especial de Saúde Pública de Minas Gerais.

Nos anos de 1944 e 1945, Braga trabalhou como correspondente de guerra, na Itália, para o Diário Carioca. De volta ao Brasil, em 1946, escreveu para o Correio da Manhã, O Estado de São Paulo e A Manhã. No ano seguinte, viajou à Europa como correspondente do jornal O Globo.

Nos anos seguintes, o autor fez outras viagens a países estrangeiros. Ele esteve em Marrocos, no período de 1961 a 1963, como embaixador. Quatro anos depois, em 1967, junto do escritor Fernando Sabino (1923-2004), foi um dos fundadores da Editora Sabiá.

Em seguida, ele continuou a escrever crônicas e, em 1975, começou a trabalhar no telejornal Hoje, da Rede Globo, parceria que durou 15 anos. Por fim, o cronista faleceu em 19 de dezembro de 1990, no Rio de Janeiro, devido a problemas causados por um câncer.

Leia também: Nelson Rodrigues — autor conhecido principalmente pelas suas peças teatrais

Características da obra de Rubem Braga

Rubem Braga, apesar de ser acima de tudo um cronista, recebeu influências da geração modernista, principalmente da segunda geração. Assim, suas crônicas apresentam reflexões sobre acontecimentos cotidianos e tratam de temas de caráter universal, com uma linguagem objetiva.

Sua escrita, portanto, possui poucos adjetivos. Além disso, ela valoriza a simplicidade e os elementos coloquiais da linguagem. Rubem Braga possui uma escrita memorialística, opinativa e irônica. Desse modo, com um tom melancólico, o escritor reflete sobre o seu tempo, manifesta uma postura anticlerical e faz críticas sociopolíticas.

Obras de Rubem Braga

“Ai de ti, Copacabana!”, obra de Rubem Braga, publicada pela Global Editora [2]
“Ai de ti, Copacabana!”, obra de Rubem Braga, publicada pela Global Editora [2]
  • O conde e o passarinho (1936);

  • Morro do isolamento (1944);

  • Com a FEB na Itália (1945);

  • Um pé de milho (1948);

  • O homem rouco (1949);

  • 50 crônicas escolhidas (1951);

  • Três primitivos (1954);

  • A borboleta amarela (1955);

  • A cidade e a roça (1957);

  • 100 crônicas escolhidas (1958);

  • Ai de ti, Copacabana! (1962);

  • Crônicas do Espírito Santo (1964);

  • A traição das elegantes (1967);

  • 200 crônicas escolhidas (1977);

  • O menino e o tuim (1986);

  • As boas coisas da vida (1988);

  • O verão e as mulheres (1990);

  • 1939: um episódio em Porto Alegre (Uma fada no “front”) (1994);

  • Casa dos Braga: memória de infância (1997);

  • Um cartão de Paris (1997).

Leia também: Ariano Suassuna – dramaturgo e criador do Movimento Armorial

Frases de Rubem Braga

Vamos ler, a seguir, algumas frases de Rubem Braga, extraídas do seu livro Ai de ti, Copacabana!:

“As árvores choram, e cantam com as ondas quando sopra o vento do oceano...”

“Talvez seja bom que os homens não se sintam muito seguros sobre a terra, e que o proprietário de imóvel possa desconfiar de que ele não é tão imóvel assim.”

“Houve um tempo em que Deus bastava para tornar humilde o poderoso; hoje seus pesadelos são apenas o comunismo, o enfarte e o câncer.”

“E me acostumar até hoje só não me acostumei com cadeia.”

“Não estou apaixonado, mas posso ver a face da Paixão.”

“Casa deve ser a preparação para o segredo maior do túmulo.”

“Nenhuma casa é funcional se não tiver lugar para a andorinha fazer seu ninho.”

Créditos da imagem

[1] Domínio público / Acervo Arquivo Nacional

[2] Global Editora (reprodução)

Escritor do artigo
Escrito por: Warley Souza Professor de Português e Literatura, com licenciatura e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Warley. "Rubem Braga"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/rubem-braga.htm. Acesso em 20 de abril de 2024.

De estudante para estudante


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